89 - BATENDO NO PRECONCEITO

O preconceito de qualquer espécie ainda me espanta.

É uma das piores patologias psíquicas arraigadas na mente humana. E o que é pior: muitos espiritualistas, que estudam a lei de causa e efeito e reencarnação, e que por isso mesmo deveriam ter a atmosfera mental bem mais arejada, também apresentam os sintomas desse mal.

Certa vez, ao final de uma palestra sobre vida após a morte, uma moça (pesquisadora de assuntos espirituais há muitos anos) perguntou-me o seguinte:

"Você disse na palestra que as pessoas recebem assistência extrafísica de seres espirituais bondosos na hora da morte do corpo. O que eu quero saber é se na hora da morte quem é travesti também recebe essa ajuda extrafísica?"

Olhei para aquela moça com grande paciência e expliquei-lhe que uma pessoa é um somatório espiritual do que pensa, sente e faz na vida. E que, portanto, a "média espiritual" de alguém não é manifestada pela sua opção sexual diferente, mas sim pelo seu caráter e atitude perante a vida.

A essa altura, divisei pela clarividência um amparador hindu ao meu lado. Ele me pediu para dar um pequeno recado àquela moça e que reproduzo aqui por ser de interesse geral:

"As energias do bem não olham a quem.*

Elas ajudam qualquer um.

E isso é OM MANI PADME HUM**"

PAZ E LUZ!

- Wagner D. Borges -
/*


* Certa vez, um outro amparador disse: "Nada de medo, nem pressa, pois nenhum preconceito nos interessa. Procuramos fazer o Bem, sem olhar a quem."
** OM MANI PADME HUM (do sânscrito): mantra da compaixão.

Texto <89><25/02/1999>

Imprimir Email