O DIABO X O PROJETOR CONSCIENTE

Bem, resolvi escrever sobre esse assunto, pois recebo muitos e-mails relatando medo de espíritos ruins, de seres monstruosos ou deformados, do que fazer, por que são ruins, ou por que sair do corpo, se há tantos seres ruins?

Realmente... Pelo ângulo da fácil interpretação, pelo fato das ocorrências projetivas, o mais certo (e instintivo) é não querer sair do corpo, pois poderemos sim nos encontrar com seres desse tipo, não há como negar.
90% das projeções são perto de seres em sofrimento constante.

E uma pergunta nos embala a mente: POR QUÊ?
Por qual motivo não haveria de temer? Por que EU deveria ajudar esses seres ruins?
Essas e outras perguntas serão respondidas de maneiras simples, porém não tão aceitáveis, pois para que o entendimento exista, a certeza da imortalidade da alma dentro de nós, tem que existir.
Vamos começar criando um pequeno cenário mental:

Pense em alguém que você gosta muito, e num vício que essa pessoa tem, que não consiga largar (pode ser cigarro, bebida, drogas ou outros...)
OK... Agora vamos criar um enredo.
Num belo dia, chega a triste notícia que essa pessoa morreu (desencarnou; passou dessas para melhor; fechou o paletó).

Então essa pessoa que você ama, que tinha um vício, descobre que a vida não acabou no caixão, e pior, que seu vício também não acabou.
Logo após a sua "morte física", ela passou por emoções fortíssimas: A dor, confusão, enterro, sofrimento dos parentes, solidão, dentre outras...
Seu conhecido que tanto você ama, por estar desequilibrado, não consegue ver a ajuda que tanto lhe chega, devido à densidade das suas energias, e também por estar ainda muito ligado à matéria, incluindo seu vício.

No desespero, seu parente amado tenta saciar seu vício. Então, ele cria mentalmente (plasma extrafisicamente) seu objeto de desejo (cigarro, bebida, drogas, etc) - E tenta desesperadamente, porém em vão, "matar" essa vontade.

E descobre que o seu corpo astral não consegue mais entrar na mesma energia que o corpo físico, que não consegue de modo algum saciar aquele velho hábito tão "confortador".

Daí, seu amado conhecido, passando em um local, se aproxima de alguém com o seu mesmo vício, e descobre que ali ele sentiu um pouco de alívio, através da energia que a pessoa está formulando com a bebida, cigarro, droga...

Sem pensar muito, seu parente amado (pode ser um filho, mãe, tio, amigo...) segue invisivelmente essa pessoa como se fosse a última coisa do mundo.

E começa a pedir desesperadamente para que essa pessoa “escolhida”, vá fazer uso do tão necessário objeto de desejo. E começa a se criar entre os dois, uma sintonia. Então, seu parente só precisa dar um pequeno sinal mental, para que a pessoa vá fazer uso do confortador vício.

Até que numa tarde, essa pessoa que hoje já é totalmente dominada pelo espírito (seu parente tão amado, e que é uma pessoa normal, e você sabe melhor que ninguém disso), resolve ir a uma igreja cristã recomendado por um amigo, para quem sabe conseguir livrar-se de seu vício.

Chegando lá na igreja, ele entra numa seção para ser curado, para que lhe seja retirado do corpo o demônio e suas impurezas. E o pastor, colocando a mão em sua cabeça, diz: “Sai demônio! Sai em nome de Jesus! Vai, Diabo, para a profundezas do inferno, deixe ele em paz!”

Nisso, o seu amado e desolado parente, toma um susto, e diz: “Diabo? Demônio? Eu não sou isso não!” - E tenta se explicar, em vão.
A revolta toma conta do seu coração, e ele tenta agredir o pastor e todos que estão ali. Mas, como está em outro plano isso não é possível.

Seu parente, sem opção, tem que sair de perto dessa pessoa. E como o corpo astral é movido pelas emoções (é o corpo das emoções), ele começa a se desequilibrar ainda mais. Então, começa a esquecer dos seus parentes (daquela sua filhinha ou filho, da sua esposa, de sua mãe que tanto chora e reza por ele). E dentro do seu campo mental, só se passa agora revolta e rancor. Enquanto ele pensa: "Há! Então me chamam de demônio, não é mesmo? Agora eles vão ver o que é Diabo."

A energia densa cada vez mais interpenetra sua alma, sem que nada possa ser feito.
Ele acaba virando um verdadeiro Diabo, pois suga as energias de todos que dão bobeira em bares, festas, ou de qualquer um que use o seu objeto de alívio, que conforte seu vício.

E, nisso, encontra outras entidades desencarnadas no mesmo padrão, e cada vez fica mais denso, e seu corpo astral começa a apresentar deformações. Mas lembre-se, ele ainda é aquele parente amado que você tem. Ele é ruim? Claro que não! Só precisava de um pouco de consciência, de um pouco de amor!

Mas quem deu isso a ele? Ninguém! Pois só nós mesmos podemos nos ajudar, pois temos sintonia uns com os outros...
E quem pode ajudar?
Quem tem consciência!

E é aí que entra o projetor consciente.
O projetor astral consciente deita-se no leito após se conectar com seus amigos amparadores. Após uma conexão sincera (prece), e o justo motivo do amparo, ele é buscado por uma equipe espiritual que precisa dele, pois ele fará a conexão até o seu parente, já que ele poderá vê-lo (devido à densidade energética oriunda do cordão de prata do projetor).

Finalmente, ele encontra com esse seu amado parente.
No momento do encontro, seu parente, a essa altura já acostumado a atacar tudo, pois todos parecem mesmo estar contra ele, tenta atacar o projetor.

Mas o projetor está consciente, e com o parachacra cardíaco * transbordando de sentimento, mesmo com a aparência totalmente monstruosa do seu parente no momento. Então o projetor exterioriza energias para se defender, e avisar que seu parente não irá conseguir atacá-lo. Com carinho, o projetor começa a exteriorizar energias de paz e tranqüilidade para seu parente. Ele começa a sentir uma sensação de alívio que não sentia desde o corpo físico.

O projetor astral se aproxima, e fala inspirado pelos amparadores, também invisíveis a ele: "Olá, meu amado irmão! Já não chega de tanto sofrimento? Vim em nome da paz! Em nome de Deus. Chegou a hora de sair disso irmão. Vamos! Deite seu ombro no meu, e chore um pouco, pois trago notícias de seus parentes. Lembra de filhinha? Da sua esposa que tanto lhe foi cuidadosa, e que tanto foi paciente perante seu vício? Da sua mãe que chora por você?!

Vamos sair dessa situação, já que você não está bem há dois anos - As portas estão
abertas, querido irmão."
Seu parente, agora já melhor, porém chorando copiosamente, abraça o projetor, e suas energias já estão bem melhores, pois ele já sente alívio e lembra-se do amor, e sente saudades.

Com as suas condições melhoradas, a ajuda consegue chegar até seu querido parente, e ele é levado a um posto de atendimento espiritual, para ser tratado com urgência, para depois ser levado a uma colônia extrafísica.

E esse é o Diabo que tanto tememos...
Está certo que cada caso é um caso, mas no fundo, quem nunca teve alguém que amasse?
Acha mesmo que existem seres maldosos para todo o sempre?
Que nada!
O AMOR!

Esse é o maior conhecimento que existe.
Bem, irmãos... Saiam dos seus corpos, sim. Mas com essa consciência.
Temer? O quê?
Quando há amor, mas amor verdadeiro, nada pode com ele.
Essa é a melhor defesa!
Com o amor nada pode, pois ele não ataca, transforma, e se estiver com esse sublime sentimento, nada poderá sequer chegar perto da sua alma, pois ele transformará o ser por inteiro.
O mundo espiritual nos espera...

O exemplo dado foi de um parente. Se não consegue amar um ser estranho, pense que aquele ser poderia ser sua mãe doente, sua avó ou seu filho.
Poderia ser você mesmo em tais condições.
Muita Paz, Luz e Amor.
E bons amparos espirituais fora do corpo.

- Saulo Calderon – Salvador, 27 de agosto de 2002.

* Parachacra cardíaco: É o chacra extrafísico situado na área peitoral do corpo astral.

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