TROVAS DO ALÉM - por Juvenal Galeno
1
Adoro a Terra, entretanto,
Vale mais no meu arquivo
Ser vivo depois de morto
Que ser morto sendo vivo.
- Martins Coelho -
Adoro a Terra, entretanto,
Vale mais no meu arquivo
Ser vivo depois de morto
Que ser morto sendo vivo.
- Martins Coelho -
TROVAS DO ALÉM
1
Adoro a Terra, entretanto,
Vale mais no meu arquivo
Ser vivo depois de morto
Que ser morto sendo vivo.
- Martins Coelho -
2
Boneca que sempre riste
De alma gelada e insincera,
Ah! Boneca, como é triste,
A solidão que te espera!
- Vivita Cartier -
3
O mundo aplaude a coroa
Quem vence a batalha a esmo,
Mas, no além, o vencedor
É quem venceu a si mesmo
- Antonio Azevedo -
4
Não há júbilo, a rigor,
Que se possa comparar
Ao do amor que encontra o amor
Depois de muito esperar.
- Maciel Monteiro –
5
Há muita paixão que arrasa
Qual fogueira bela e vã.
Hoje, brilho, chama e brasa,
E muita cinza amanhã.
- Marcelo Gama -
6
Rio morto, árvore peca,
De tudo vi no sertão,
No entanto, pior é a seca
Que lavra no coração.
- Virgílio Brandão -
7
Depois da morte é que a gente
Tem o amor que nos aperfeiçoa,
Amando quem nos esquece
Nos braços de outra pessoa.
- Jovino Guedes -
8
Ateu, enfermo que sonha
Na ilusão em que persiste,
Um filho que tem vergonha
De dizer que o pai existe.
- Alberto Ferreira -
9
Amor... Uma frase apenas...
Olhar terno que se afasta...
Um bilhetinho... Uma flor...
Para quem ama isso basta...
- Teotônio Freire -
10
Para quem serve e trabalha,
No esforço em quem se aprimora
Calúnia não atrapalha,
Elogio não melhora.
- Lopes Filho -
11
Depois da morte é que vi
Quanto luxo, quanta guerra,
Que a vida guarda com jeito
Em sete palmos de terra!
- José Albano -
12
Vai o berço, vem a cova:
Sai o prazer, surge a dor...
O tempo tudo renova,
Mas amor é sempre amor...
- José Bartolota -
13
Matrimônios, se forçados –
Castelos de cinza e fumo;
Os braços entrelaçados,
Os corações noutro rumo...
- Roberto Correia -
14
No meu túmulo, reli:
"Meu amor, descansa em paz."
No entanto, é junto de ti
Que sempre me encontrarás.
- Lauro Pinheiro -
15
Depois da morte, a saudade
É um muro não sei de quê:
De um lado a pessoa enxerga,
Do outro ninguém vê.
- Da Costa e Silva -
16
Amor puro, além da morte
Chama que não esmorece:
Largado, não abandona,
Esquecido, não esquece.
- Targélia Barreto -
17
Dia dos mortos? Balela!
Finados? Tontos assuntos!...
Nem flor, nem cinza, nem vela,
Nós todos estamos juntos.
- Cornélio Pires -
18
Não existe reconforto
Que valha o ameno transporte
De rever um amigo morto
No instante de nossa morte...
- Colombina -
19
Assembléias, multidões!...
Não te iludas a caminho...
Na alcova do coração,
Cada um vive sozinho.
- Jônatas Batista -
20
Muitas paixões desregradas,
Que atormentam vida afora,
Começam com "não te esqueço"
E acabam com "vai-te embora".
- Anísio de Abreu -
21
Na terra, amores violentos
São leiras de desenganos;
Sorrisos de alguns momentos,
Suplícios de muitos anos.
- Eugênio Savard -
22
Que fazes de ouvidos moucos?
- Perguntei à campa em trevas.
E ela disse: "Como, aos poucos,
O que ajuntaste e não levas."
- Juvenal Galeno -
Essas trovas foram extraídas do livro "Trovadores do Além" (FEB), passadas mediunicamente por vários espíritos através dos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier em princípios da década de 1960.
1
Adoro a Terra, entretanto,
Vale mais no meu arquivo
Ser vivo depois de morto
Que ser morto sendo vivo.
- Martins Coelho -
2
Boneca que sempre riste
De alma gelada e insincera,
Ah! Boneca, como é triste,
A solidão que te espera!
- Vivita Cartier -
3
O mundo aplaude a coroa
Quem vence a batalha a esmo,
Mas, no além, o vencedor
É quem venceu a si mesmo
- Antonio Azevedo -
4
Não há júbilo, a rigor,
Que se possa comparar
Ao do amor que encontra o amor
Depois de muito esperar.
- Maciel Monteiro –
5
Há muita paixão que arrasa
Qual fogueira bela e vã.
Hoje, brilho, chama e brasa,
E muita cinza amanhã.
- Marcelo Gama -
6
Rio morto, árvore peca,
De tudo vi no sertão,
No entanto, pior é a seca
Que lavra no coração.
- Virgílio Brandão -
7
Depois da morte é que a gente
Tem o amor que nos aperfeiçoa,
Amando quem nos esquece
Nos braços de outra pessoa.
- Jovino Guedes -
8
Ateu, enfermo que sonha
Na ilusão em que persiste,
Um filho que tem vergonha
De dizer que o pai existe.
- Alberto Ferreira -
9
Amor... Uma frase apenas...
Olhar terno que se afasta...
Um bilhetinho... Uma flor...
Para quem ama isso basta...
- Teotônio Freire -
10
Para quem serve e trabalha,
No esforço em quem se aprimora
Calúnia não atrapalha,
Elogio não melhora.
- Lopes Filho -
11
Depois da morte é que vi
Quanto luxo, quanta guerra,
Que a vida guarda com jeito
Em sete palmos de terra!
- José Albano -
12
Vai o berço, vem a cova:
Sai o prazer, surge a dor...
O tempo tudo renova,
Mas amor é sempre amor...
- José Bartolota -
13
Matrimônios, se forçados –
Castelos de cinza e fumo;
Os braços entrelaçados,
Os corações noutro rumo...
- Roberto Correia -
14
No meu túmulo, reli:
"Meu amor, descansa em paz."
No entanto, é junto de ti
Que sempre me encontrarás.
- Lauro Pinheiro -
15
Depois da morte, a saudade
É um muro não sei de quê:
De um lado a pessoa enxerga,
Do outro ninguém vê.
- Da Costa e Silva -
16
Amor puro, além da morte
Chama que não esmorece:
Largado, não abandona,
Esquecido, não esquece.
- Targélia Barreto -
17
Dia dos mortos? Balela!
Finados? Tontos assuntos!...
Nem flor, nem cinza, nem vela,
Nós todos estamos juntos.
- Cornélio Pires -
18
Não existe reconforto
Que valha o ameno transporte
De rever um amigo morto
No instante de nossa morte...
- Colombina -
19
Assembléias, multidões!...
Não te iludas a caminho...
Na alcova do coração,
Cada um vive sozinho.
- Jônatas Batista -
20
Muitas paixões desregradas,
Que atormentam vida afora,
Começam com "não te esqueço"
E acabam com "vai-te embora".
- Anísio de Abreu -
21
Na terra, amores violentos
São leiras de desenganos;
Sorrisos de alguns momentos,
Suplícios de muitos anos.
- Eugênio Savard -
22
Que fazes de ouvidos moucos?
- Perguntei à campa em trevas.
E ela disse: "Como, aos poucos,
O que ajuntaste e não levas."
- Juvenal Galeno -
Essas trovas foram extraídas do livro "Trovadores do Além" (FEB), passadas mediunicamente por vários espíritos através dos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier em princípios da década de 1960.