1729 - LUZ E SEMENTES CONSCIENCIAIS - IV*
LUZ E SEMENTES CONSCIENCIAIS – IV*
Ó Luz!
Dona da trilha de ananda**,
Que me leva à Consciência Cósmica...
No Seio do Eterno.
Além, muito além do que eu sei,
A canção das esferas viajando...
Pelo campo de estrelas.
E chamando para algo mais...
Ó Luz!
Que me guia pelas trilhas do coração,
Para além de mim mesmo...
Nos Excelsos Planos de Brahman***.
Além, muito além do que eu posso ver...
A assembleia das almas livres, tranquilas e magnânimas,
Que, como a primavera, fazem bem a todos...
Sempre chamando para o despertar da consciência.
Ó Luz!
Que me faz acender a fogueira do discernimento,
Na queima das palhas secas de minhas ilusões...
E que erradica o mal em mim.
Além, muito além das luzes do mundo,
A canção dos iniciados espirituais...
Chamando para as viagens espirituais****,
A todos aqueles que se atrevem a vencer a si mesmos.
Ó Luz!
Minha Mãe...
Que invisivelmente me abraça,
E me diz: “seja feliz!”
(Dedicado a quatro gigantes espirituais, que um dia iluminaram as terras quentes da velha Índia e que continuam abraçando invisivelmente a humanidade: Paramahamsa Ramakrishna, Swami Sivananda, Sry Aurobindo e Paramahamsa Yogananda*****).
Paz e Luz!
- Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
São Paulo, 8 de janeiro de 2020.
- Notas:
* As três partes anteriores desse texto estão postadas nesses links:
Parte I -
Parte II –
Parte III –
** Ananda – do sânscrito – estado de bem-aventurança espiritual; êxtase espiritual.
*** Brahman – do sânscrito - O Supremo; O Grande Arquiteto Do Universo; Deus; O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência, além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele/Ela é Pai-Mãe de todos.
**** Viagens Espirituais – experiências fora do corpo, viagens fora do corpo, projeções da consciência, desprendimentos extrafísicos, projeções extrafísicas.
***** Enquanto eu editava essas linhas, rolava aqui no meu som o CD “All That Echoes”, do vocalista americano Josh Groban. Então, deixo, na sequência, os links para as cinco músicas que mais aprecio nesse disco.
- “Brave” –
- “Falling Slowly” –
- “She Moved Through the Fair” –
- “The Moon is a Harsh Mistress” –
- “Happy im my Heartache” -
Obs.: Como complemento a esses escritos, deixo, na sequência, um texto do inspirado escritor, poeta e compositor indiano Dilip Kumar Roy, onde ele fala de um diálogo místico entre Mãe e Filho.
“Filho:
Vou agora dormir, embalado pelo teu amor,
Me esquecendo, por inteiro, daquilo que é fútil.
Ouvi, afinal, o teu distante chamado;
Sem teu sonho não há esperança,
Nem alegria para os corações.
Mãe:
Venha, venha a mim; cantar-te-ei...
Meu doce acalanto.
E tua dor curarei com a água do céu.
Por ti espero no portal celeste...
Pelo qual te fiz ansiar e chorar.
Filho:
Nunca soube que minha vida...
Encherias de luz e de dádiva,
Ó, Mãe minha!
E que a divina graça me propiciarias.
Mãe:
Mas, eu sabia o que era preciso.
E dia e noite fiquei junto a ti...
Para ajudar-te, filho das minhas entranhas!
Agora, rompes a escuridão...
E teus direitos naturais reclama.”
Texto <1729><13/04/2020>
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