699 - RECADO ESPIRITUAL DE UM AMPARADOR BUDISTA II

Meu irmão e amigo, que sob a doce inspiração do Senhor Buda nós possamos intercambiar o melhor de nossas energias em prol de um bom colóquio espiritual. Possamos transcender os limites do sensório comum e adentrarmos nos salões da sabedoria em nossos próprios corações.

Em meio à tristeza dos homens e ao nevoeiro cinzento das emoções exacerbadas, o Senhor Buda é como um sol de amor nos convidando para a viagem aos reinos da paz imperecível em nós mesmos.

Palavras limitadas não podem descrever a compaixão além do ego nem nenhuma doutrina pode conter a sabedoria universal. Somente à luz do discernimento aliada à reflexão pacífica é capaz de criar a conexão correta para viajar no bojo da compaixão que dimana do Senhor Buda a favor de todos os seres sencientes.
Consciente da responsabilidade de grafarmos temas grandiosos em expressões limitadas, sugiro algumas pequenas reflexões expostas de forma direta e resumida:

- Pensamentos limitados e sentimentos pequenos jamais poderão erguer-se além da própria mesquinhez para alçarem vôo aos reinos da paz.

- O Amor é grandioso e jamais poderá ser corrompido pelos arroubos emocionais do ego e seus tormentos.

- O Amor não tem mestres. Ele é o mestre.

- Paz íntima não se compra.

- Os olhos da mente não conseguem ver o Senhor Buda, mas o coração amoroso poderá senti-lo no silêncio da meditação e nas emanações compassivas a favor de todos.

- Pense no Amado como um sol de amor interpenetrando as células de seu corpo, de seu coração e dos seus pensamentos. Deixe a luz entrar serenamente para encontrar com a luz de seu próprio espírito. No seu templo interno o Buda encontrará o Buda!

- Pense naquelas pessoas infelizes e compartilhe o sol de amor com elas, em silêncio. Jamais as julgue. Apenas permita o fluxo da paz fluir por você. Ajude-as anonimamente. O Senhor Buda estará com você nesse serviço solidário.

- Mortificar o corpo não é sinônimo de sabedoria. Sanar os conflitos internos não é uma questão física, mas de pacificação emocional e de plenitude espiritual.

- O Senhor Buda não é um deus. Ele é apenas um ser desperto. Faça como ele: DESPERTE!

- Pense no egoísmo como uma doença. Cure-se disso!

- Mágoas e culpas são fantasmas da mente. Não permita que eles o assombrem. Pense no Senhor Buda abençoando o seu ser. Permita que Ele o ajude a dissolver os fantasmas.

- Não chame o Senhor Buda por intermédio de artimanhas egóicas disfarçadas de preces e mantras. DESPERTE!

- Por favor, permita a compaixão unir-se com você.

- Jamais se torne um canalizador de violência. Trabalhe em cima de suas pulsões básicos, com paciência e freqüência, e conscientize-se de que você é um Buda também, apenas precisa DESPERTAR!


P.S.:

Um sol de amor
Desceu aqui.
Nada pediu, só amou.
Absorveu as dores da ignorância
E transformou-as em Paz.
Respirou o sofrimento
E exalou suaves acalantos.
Cantou a paz em seu silêncio
E propagou-a nas dez direções.
Chorou em silêncio a dor do mundo,
E, mesmo assim, amou.
E continua amando...
Abraçando silenciosamente,
Sem que o mundo o veja,
Sem que a mente o aceite,
Sem que o coração se abra...
Mesmo assim, Ele ama!
Pelas eras à frente,
Ele continuará o seu trabalho.
Até que tudo se cumpra,
E a dor seja amor,
E as consciências despertem
Como Budas também.

Om Mani Padme Hum.


- Um Amparador Budista -
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges -Salvador, 26 de janeiro de 2004, às 17h51min.)

- Nota de Wagner Borges:

“Buda, meu amigo.

Como você já deve saber, recebi ainda agora alguns escritos passados espiritualmente por um dos seus trabalhadores extrafísicos. Daí, olhei para o belo céu azul sobre a cidade de Salvador e pensei em você. E o meu coração derreteu de amor, cara.

Sabe, há coisas que não se explicam, só se sentem, não é mesmo?

Daqui a pouco vou iniciar um curso onde vou tentar passar para a turma um pouco da sintonia dos seus ensinamentos. De forma universalista, vou tentar projetar para o pessoal um pouco da luz do esclarecimento sobre muitas coisas que você apontou. Porém, agora que você derreteu o meu coração, como é que eu vou explicar alguma coisa?

Será que a turma vai entender esse choro quietinho?

Como vou explicar um amor desses?

E essa imensa bola de luz, que não vejo, mas sinto aqui por cima da cabeça?

Eu gostaria de poder chegar no curso e ficar quietinho, só sentindo esse amor e essa luz, tentando compartilhar isso com a turma, mas sei que muitos não irão pegar a carona espiritual, pois estarão sedentos de conhecimentos só com a mente, prescindindo da abertura do coração, que poderia levá-los em viagens incríveis de pura sintonia na sua graça.

Contudo, mesmo assim eu vou tentar. Vou colocar uma música legal, um CD com mantras budistas, e pedir para o pessoal relaxar e abrir o coração, para ver o que rola... Quem sabe a galera entre na sintonia e sinta esse amor e essa luz de forma simples, nas luzes do coração?

Buda, meu amigo, quem sabe hoje seja a hora do reencontro de nossos corações com o seu? Tomara...

Por aqui, só sei que o meu coração já derreteu, e eu não sei mais o que dizer. Só posso agradecê-lo, por toda inspiração, por toda proteção, por nunca ter esquecido de nós, por jamais nos julgar, por nunca ter forçado a barra antes de estarmos prontos para o despertar de nossas consciências, e por nos esperar de braços abertos, independente de raça, credo, sexo ou condição existencial.

Muito obrigado, querido.”



Om Mani Padme Hum.


- Wagner Borges – Salvador, 26 de janeiro de 2004, às 18h48min.


- Notas do texto:

* O primeiro texto está postado na seção de textos periódicos enviados pelo nosso site – www.ippb.org.br

Texto <699><27/05/2006>

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