77 - NAS VIBRAÇÕES DO KAILASH
Das cavernas do Himalaia à câmara secreta do meu coração;
Dos sagrados montes do Kailash às águas dos meus sentimentos;
Da luz do sol ao meu lótus das mil pétalas;
Da imensidão do universo ao centro de mim mesmo;
Da divindade que mora em mim à divindade que mora em todos os seres,
e por onde quer que eu concentre as percepções,
só percebo a sutil voz do Grande Arquiteto do Universo dizendo:
"Te amo, te amo, te amo..."
Dos sagrados montes do Kailash às águas dos meus sentimentos;
Da luz do sol ao meu lótus das mil pétalas;
Da imensidão do universo ao centro de mim mesmo;
Da divindade que mora em mim à divindade que mora em todos os seres,
e por onde quer que eu concentre as percepções,
só percebo a sutil voz do Grande Arquiteto do Universo dizendo:
"Te amo, te amo, te amo..."
* * *
Ao longo de muitos anos de estudos e práticas espirituais, vi, senti e aprendi muitas coisas. Sempre observei fatos e situações de mente aberta, procurando extrair o melhor de cada experiência. Aprendi de muitas fontes e procurei somar as melhores partes em minha consciência sempre livre.
Os bondosos pretos-velhos da Umbanda procuraram me ensinar a humildade;
Os índios extrafísicos, a garra e a vontade firme;
Os mestres hindus, a paciência e o desenvolvimento das virtudes espirituais;
Os mestres chineses, o domínio das energias (Chi) e a arte de sorrir;
Os tibetanos, a verter compaixão;
Os iniciados egípcios, o respeito pelas idéias espirituais;
Os médicos extrafísicos, a arte da dedicação à cura;
Com tantos outros amigos extrafísicos, a responsabilidade espiritual.
Cada uma dessas consciências extrafísicas me ensinou algo ao longo dos anos. Mas, em uma coisa elas foram unânimes: sem amor ninguém segue...
* * *
Certa vez, uma dessas consciências me disse:
"Minha mente na tua,
tua mente na minha
e a mente do Todo em tudo!"
* * *
O mundo está cheio de pessoas vingativas, sinistras e literalmente pessimistas. Mas, meu coração se recusa a compactuar com as emanações cinzentas da falta de esperança dessa gente.
Será porque ele ainda percebe aquela voz sutil dizendo: "Te amo, te amo, te amo..."?
(Dedico estes escritos à esses grandes espíritos, encarnados e desencarnados, que trabalham em silêncio a favor da humanidade. São gigantes de consciência, operando nos bastidores espirituais do mundo, fora do bulício emocional dos homens. São viajantes do silêncio e agentes serenos da Luz Maior).
OM TAT SAT OM.
Paz e luz!
- Wagner D. Borges -
(São Paulo, 10/01/99)
PS: Escrevo estas linhas logo após uma vivência espiritual em que, pela segunda vez (pelo menos, nessa atual vida), tive contato com um grupo de amparadores que trabalham nas vibrações espirituais do monte Kailash*, na região himalaica.
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* Monte Kailash: monte sagrado situado nos Himalaias. Segundo a crença, é morada de vários Budas extrafísicos. Ver o belo livro de Paul Brunton, "Um Eremita no Himalaia"; Ed. Pensamento.
Texto <77><11/01/1999>