ENSINAMENTOS DE SIVANANDA
(Texto passado originalmente para o grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB)
Pessoal, segue abaixo alguns extratos que tirei do livro "A Ciência do Pranayama", do Swami Sivananda. São alguns ensinamentos bem simples sobre prana, chacras e nádis sob o contexto do Ioga.
Porém, antes, comentarei um pouco sobre esse cara fantástico e bem humorado.
Pessoal, segue abaixo alguns extratos que tirei do livro "A Ciência do Pranayama", do Swami Sivananda. São alguns ensinamentos bem simples sobre prana, chacras e nádis sob o contexto do Ioga.
Porém, antes, comentarei um pouco sobre esse cara fantástico e bem humorado.
O Swami Sivananda, que desencarnou em 1962, continua passando informações do plano extrafísico para a Terra e é um cara muito bacana e acessível. Sua simplicidade é evidente e o brilho dos seus paraolhos (olhos extrafísicos) atesta o nível de sua consciência. Obviamente que os seus discípulos não aceitam a possibilidade do seu mestre aparecer para pessoas comuns e ocidentais, pois para eles o seu mestre está nos planos avançados. Esses caras esquecem de que a reencarnação coloca vários caras orientais e iniciados antigos revestidos de corpos nascidos no Ocidente e com nomes e condições diferentes. Mudam-se os corpos, mas o principal está no centro da alma e não é corrompido por condições exteriores. O pessoal que mora do "lado de lá" sabe quem é quem e por isso passa orientações espirituais para essas pessoas tão comuns e aparentemente não-iniciadas. Eles sabem a quem entregar as pérolas dos ensinamentos e não ligam para o orgulho dos seus antigos discípulos, que sempre pensam que seu mestre é deles e não do mundo.
O sorriso do Swami Sivananda é contagiante e os seus ensinamentos sempre evocam aquele clima legal de positivismo. Embora ele fosse médico formado, ficou mais conhecido como iogue e autor de vários livros importantes no contexto do Ioga, além de ter construído vários centros de estudo e prática da filosofia iogue.
Ele sempre foi um cara preocupado com a assistência social e não cansava de dizer a todos que praticassem o Bem e se esforçassem em aprimorar as qualidades de caráter e enfrentassem o ego de frente e com alegria.
Para o mundo e seus discípulos presos apenas ao sistema iogue, ele foi um dos maiores iogues da Índia. Porém, na verdade ele foi (e continua sendo) um excelente "médico da alma", alguém que portava a luz do coração acesa e que sempre via o divino em cada ser e por isso sorria e amava a humanidade.
Esse grande cara continua vivo do "lado de lá" e ajudando o mundo invisivelmente. Ele continua sendo fonte de inspiração para muitos estudantes espirituais do Ocidente e do Oriente. E o melhor de tudo: ele continua irradiando positivismo e alegria contagiantes.
Hoje eu o vi e ele "gritou telepaticamente" um mantra dentro de minha mente. Ele disse vigorosamente: "SHAKTI".*
A repetição (japa mental) desse mantra no chacra frontal ativa os nádis ida, píngala e sushumna e amplia o potencial energético latente.
Depois que ele jogou o mantra dentro de minha testa fiquei com o chacra frontal e a parte interna do nariz "queimando" até agora, sensação bem característica de quando a kundalini ascende energeticamente pelo canal central da coluna e chega até a cabeça.
Estou contando isso para vocês até como uma sugestão de prática de concentração e ativação do chacra frontal. Como se sabe, se esse centro se ativar as energias descem pelos nádis e ativam os outros chacras por repercussão. Esse é o motivo de todos os mestres iogues orientarem os seus discípulos para sempre inicarem suas práticas pela ativação do chacra frontal, que, segundo se diz, tem a possibilidade de dissolver as energias do passado cármico estacionadas nos centros inferiores.
Engraçado. Agora é que estou notando que escrevi um monte de coisas que não planejei. Será que era intenção do Sivananda que eu passasse algo para vocês aqui na lista nesse momento?
Sei lá! Só sei que estou muito contente de postar isso por aqui.
Vou postar, logo após os extratos retirados do livro dele, um texto que escrevi sobre ele e que postei no site há uns três anos. Vale a pena dar uma olhadinha.
Quem quiser ler mais coisas dele é só teclar o nome "Siva" na parte de busca do nosso site. Daí aparecerão vários textos inseridos no site nas diversas seções.
Um abraço.
- Wagner Borges (cidadão do Cosmo, assim como todos os seres humanos, nem oriental ou ocidental, apenas um espírito revestido de corpo humano e tentando atravessar esse imenso mar da vida cheio de vagalhões, ondas e ondinhas de experiências variadas) - São Paulo, 20 de fevereiro de 2002.
- Nota: * Shakti (do sânscrito): "A Força Divina"; "A Mãe Divina em seu aspecto fenomênico"; "A Mãe Kundalini".
ENSINAMENTOS DE SIVANANDA
(Fragmentos do livro "A Ciência do Pranayana"; Ed. Pensamento)
"Para o yogue, o universo inteiro é o seu corpo. A matéria que compõe o seu corpo é a mesma que desenvolve o universo. A força que pulsa em seus nervos não é diferente da força que vibra através do universo".
"Svasa significa respiração inspiratória, e Pravasa, respiração expiatória. A respiração é a manifestação exterior do Prana, a força vital. A respiração, como a eletricidade, é o Prana denso, é Sthula, denso. O Prana é Sukshma, sutil. Exercendo controle sobre essa respiração, é possível controlar o Prana sutil interior. Controlar o Prana significa controlar a mente. A mente não pode operar sem o auxílio do Prana. As vibrações do Prana só produzem pensamentos na mente. É o Prana que move a mente. O Prama Sukshma, ou o Prana psíquico, é o que está intimamente relacionado com a mente. Essa respiração representa a roldana principal de uma máquina. Assim como as outras rodas param quando quem dirige faz parar a roldana, também os outros órgãos cessam de funcionar quando o yogue detém a respiração. Se pudermos controlar a roldana, poderemos, facilmente, controlar as outras rodas. Da mesma forma, se pudermos controlar a respiração exterior, poderemos facilmente controlar a força vital interior, o Prana. O processo pelo qual o Prana é controlado pela regularidade da respiração exterior é chamado Pranayama.
Assim como o ourives retira as impurezas do ouro aquecendo-o em fornalha, ao soprar forte do maçarico, o estudante de Yoga retira as impurezas do corpo e os Indriyas soprando com seus pulmões, isto é, com a prática do Pranayama. O objetivo principal do Pranayama é unir o Prana ao Apana e levar lentamente o Pranayama unido na direção da cabeça. O efeito, ou fruto, do Pranayama é Udghata, ou seja, o despertar da Kundalini adormecida".
- Nota: "Os Nadis são tubos feitos de matéria astral e são os condutores das correntes prâmicas. Só podem ser vistos por olhos astrais. Não são os nervos. Seu número é de 72.000. Ida, Pingala e Sushumna são os mais importantes. Sushumna é o mais importante de todos".
"O que é comumente conhecido como o poder da personalidade nada mais é do que a capacidade natural de uma pessoa para dirigir o seu Prana.
Algumas pessoas têm maior êxito na vida, são mais influentes e mais fascinantes do que outras. Tudo isso se deve ao poder do Prana. Tais pessoas manipulam todos os dias, inconscientemente, já se vê, a mesma influência que um yogue usa conscientemente pelo comando de sua vontade.
Há outras que, por acaso, atingem inopinadamente esse Prana e o usam para baixos propósitos, sob nomes falsos.
O trabalho do Prana é visto nos movimentos sistólicos e diastólicos do coração, quando esse órgão bombeia o sangue para as artérias; na ação da inspiração e expiração, durante a respiração; na digestão dos alimentos, na excreção da urina e da matéria fecal; na formação do sêmen, do quilo, do quimo, do suco gástrico, da bile, do suco intestinal, da saliva; no abrir e fechar das pálpebras; no andar; no brincar; no correr; no falar; no pensar; no raciocinar; no sentir e no querer.
Prana é o vínculo entre o corpo físico e o corpo astral. Quando o delgado cordão do Prana é cortado, o corpo astral separa-se do corpo físico e tem lugar a morte. O prana que estava trabalhando no corpo físico recolhe-se ao corpo astral".
"Os chakras são centros de energia espiritual. Estão localizados no corpo astral, mas têm centros correspondentes também no corpo físico, e dificilmente são vistos a olho nu. Só um clarividente pode vê-los com seus olhos astrais.
De forma não categórica, podemos dizer que correspondem a certos plexos do corpo físico. Há seis chakras importantes, a saber: o Muladhara (base da coluna), que contém 4 pétalas e está localizado no ânus; o Svadhisthana (sexual), com 6 pétalas, localizado nos órgãos genitais; o Manipura (umbilical), com 10 pétalas, no umbigo, o Anahata (cardíaco), com 12 pétalas, no coração; o Visuddha (laríngeo), com 16 pétalas, na garganta; e o Ajna (frontal), com 2 pétalas, no espaço entre as sobrancelhas. O sétimo chakra é conhecido como Sahasrara (coronário, chacra da coroa) e contém mil pétalas; está localizado no alto da cabeça.
Sempre de forma não categórica, podemos dizer que o Muladhara corresponde ao plexo sacral; o Svadhisthana, ao plexo prostático; o Manipura, ao plexo solar; o Anahata, ao plexo cardíaco; o Visuddha, ao plexo laríngeo; e o Ajna, ao plexo cavernoso".
- Nota de Wagner Borges: Para melhor compreensão do trabalho do Swami Sivananda, reproduzo logo abaixo um texto já postado no site (Texto 127):
ENSINAMENTOS DE SIVA
Se seus ouvidos estão tampados de cera, você não conseguirá ouvir nenhuma música.
Da mesma forma, se o seu coração estiver tampado pela cera do ego, você não conseguirá escutar a música divina propagando-se pelo espaço interior.
Medite nisso!
Expanda os sentimentos.
Exonere os pensamentos nefandos.
Faça a água da sabedoria fluir pelos canais do coração e dilua a cera do ego.
Conecte coração e consciência no mesmo rumo.
Faça as águas da inspiração subirem pelos nádis*, da morada do coração, essência sempiterna, ao portão de Brahman**; do coração à consciência… daí ao Todo!
Escute a canção divina e siga fluindo…
OM TAT SAT! ***
- Siva****-
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - São Paulo, 08 de junho de 1999.)
* Nádis (do sânscrito): Condutos sutis que transportam o prana pelo sistema energético do corpo físico e do duplo etérico; canais energéticos; veias energéticas.
** Portão de Brahman (do sânscrito): "Portão divino"; "Portão de Deus". É o orifício situado bem no meio do chacra coronário. Contém doze raios (pétalas) em estreita relação com os doze raios do chacra cardíaco. É o ponto energético por onde muitos iogues projetam-se para fora de seus corpos, durante o sono, na meditação ou na projeção final ("maha samadhi").
*** OM TAT SAT (do sânscrito): É uma tríplice designação de Brahman, o Absoluto, o Todo. É também um poderoso mantra a ser vibrado dentro dos chacras.
**** Siva: É o pseudônimo de um iogue extrafísico (não confundir com "Shiva", terceiro aspecto da trimurti hinduísta). Ele é autor de vários livros de Ioga. Aparece para mim e me passa mensagens, exercícios e orientações há vários anos. Gostaria de colocar seu nome todo aqui, mas pode ser que seus discípulos venham me morder por causa disso. Sabe como é, discípulos têm o péssimo hábito de achar que seu mestre é sua propriedade exclusiva. Na verdade, um mestre é do mundo todo, e quem precisa mais de seus ensinamentos são as pessoas comuns, que não têm acesso às iniciações e nem são escolhidas de movimento nenhum.
No meu caso em particular, por ter sido um iogue em minha penúltima vida, no século passado, tenho facilidade e sintonia adequada para acessar vários mestres iogues extrafísicos.
Aproveitando esses detalhes adicionais do rodapé (que ficará bem grande, mais parecendo um texto adicional dentro do outro texto), darei alguns detalhes a seu respeito, aproveitando também para contar algumas coisas que ele me disse.
Siva é um mestre bem humorado. Foi médico, de corpo e alma. Poeta, escritor, mestre de Kundalini-Yoga, fundador de várias escolas de Ioga na Índia. Viveu nesse século 20.
Ele gosta de basear seus ensinamentos em preceitos sutis. Por isso, usa bastante a expressão "Sukshima" (do sânscrito: "sutil"), que na verdade é um mantra. Na filosofia iogue tudo que é denso é chamado de "Sthula" ("denso"; "grosseiro"). Logo, estudos espirituais são por natureza "Sukshima". Seus estudos sobre os nádis, os chacras, a kundalini, a força do pensamento e os mantras são clássicos e muito respeitados. Também escreveu bastante sobre projeção, clarividência, sidhis (poderes parapsíquicos adquiridos na prática iogue), concentração, meditação, samadhi (expansão da consciência) e carma.
Certa vez, ele me disse que a iluminação espiritual só surge quando a pessoa se dá conta da onipresença de Brahman em todos os seres. Ela vê Brahman em tudo!
Contou-me que entre seus inumeráveis discípulos, haviam alguns de grande realização e progresso notáveis nas práticas espirituais. Ele via Brahman neles e sorria... pleno de amor. Porém, disse-me também, que havia discípulos problemáticos, briguentos e sem noção de valores superiores ao próprio ego. Alguns deles falavam mal dele pelas costas (qualquer semelhança com muitas pessoas que trafegam nos estudos espiritualistas atualmente, não é mera coincidência). Ele sabia, mas continuou tratando-os amorosamente, esperando as flores da maturidade surgirem em suas consciências. Eles também eram expressões de Brahman!
Esse mestre maravilhoso, dotado de grande simplicidade e praticidade iogue, tem me ensinado muitas coisas sobre projeção, filosofia iogue, kundalini e os nádis. Há vários dos seus ensinamentos recebidos espiritualmente por mim no meu livro "Viagem Espiritual Vol. lll". Há outros que publicarei em um dos próximos livros.
O sorriso do Swami Sivananda é contagiante e os seus ensinamentos sempre evocam aquele clima legal de positivismo. Embora ele fosse médico formado, ficou mais conhecido como iogue e autor de vários livros importantes no contexto do Ioga, além de ter construído vários centros de estudo e prática da filosofia iogue.
Ele sempre foi um cara preocupado com a assistência social e não cansava de dizer a todos que praticassem o Bem e se esforçassem em aprimorar as qualidades de caráter e enfrentassem o ego de frente e com alegria.
Para o mundo e seus discípulos presos apenas ao sistema iogue, ele foi um dos maiores iogues da Índia. Porém, na verdade ele foi (e continua sendo) um excelente "médico da alma", alguém que portava a luz do coração acesa e que sempre via o divino em cada ser e por isso sorria e amava a humanidade.
Esse grande cara continua vivo do "lado de lá" e ajudando o mundo invisivelmente. Ele continua sendo fonte de inspiração para muitos estudantes espirituais do Ocidente e do Oriente. E o melhor de tudo: ele continua irradiando positivismo e alegria contagiantes.
Hoje eu o vi e ele "gritou telepaticamente" um mantra dentro de minha mente. Ele disse vigorosamente: "SHAKTI".*
A repetição (japa mental) desse mantra no chacra frontal ativa os nádis ida, píngala e sushumna e amplia o potencial energético latente.
Depois que ele jogou o mantra dentro de minha testa fiquei com o chacra frontal e a parte interna do nariz "queimando" até agora, sensação bem característica de quando a kundalini ascende energeticamente pelo canal central da coluna e chega até a cabeça.
Estou contando isso para vocês até como uma sugestão de prática de concentração e ativação do chacra frontal. Como se sabe, se esse centro se ativar as energias descem pelos nádis e ativam os outros chacras por repercussão. Esse é o motivo de todos os mestres iogues orientarem os seus discípulos para sempre inicarem suas práticas pela ativação do chacra frontal, que, segundo se diz, tem a possibilidade de dissolver as energias do passado cármico estacionadas nos centros inferiores.
Engraçado. Agora é que estou notando que escrevi um monte de coisas que não planejei. Será que era intenção do Sivananda que eu passasse algo para vocês aqui na lista nesse momento?
Sei lá! Só sei que estou muito contente de postar isso por aqui.
Vou postar, logo após os extratos retirados do livro dele, um texto que escrevi sobre ele e que postei no site há uns três anos. Vale a pena dar uma olhadinha.
Quem quiser ler mais coisas dele é só teclar o nome "Siva" na parte de busca do nosso site. Daí aparecerão vários textos inseridos no site nas diversas seções.
Um abraço.
- Wagner Borges (cidadão do Cosmo, assim como todos os seres humanos, nem oriental ou ocidental, apenas um espírito revestido de corpo humano e tentando atravessar esse imenso mar da vida cheio de vagalhões, ondas e ondinhas de experiências variadas) - São Paulo, 20 de fevereiro de 2002.
- Nota: * Shakti (do sânscrito): "A Força Divina"; "A Mãe Divina em seu aspecto fenomênico"; "A Mãe Kundalini".
ENSINAMENTOS DE SIVANANDA
(Fragmentos do livro "A Ciência do Pranayana"; Ed. Pensamento)
"Para o yogue, o universo inteiro é o seu corpo. A matéria que compõe o seu corpo é a mesma que desenvolve o universo. A força que pulsa em seus nervos não é diferente da força que vibra através do universo".
"Svasa significa respiração inspiratória, e Pravasa, respiração expiatória. A respiração é a manifestação exterior do Prana, a força vital. A respiração, como a eletricidade, é o Prana denso, é Sthula, denso. O Prana é Sukshma, sutil. Exercendo controle sobre essa respiração, é possível controlar o Prana sutil interior. Controlar o Prana significa controlar a mente. A mente não pode operar sem o auxílio do Prana. As vibrações do Prana só produzem pensamentos na mente. É o Prana que move a mente. O Prama Sukshma, ou o Prana psíquico, é o que está intimamente relacionado com a mente. Essa respiração representa a roldana principal de uma máquina. Assim como as outras rodas param quando quem dirige faz parar a roldana, também os outros órgãos cessam de funcionar quando o yogue detém a respiração. Se pudermos controlar a roldana, poderemos, facilmente, controlar as outras rodas. Da mesma forma, se pudermos controlar a respiração exterior, poderemos facilmente controlar a força vital interior, o Prana. O processo pelo qual o Prana é controlado pela regularidade da respiração exterior é chamado Pranayama.
Assim como o ourives retira as impurezas do ouro aquecendo-o em fornalha, ao soprar forte do maçarico, o estudante de Yoga retira as impurezas do corpo e os Indriyas soprando com seus pulmões, isto é, com a prática do Pranayama. O objetivo principal do Pranayama é unir o Prana ao Apana e levar lentamente o Pranayama unido na direção da cabeça. O efeito, ou fruto, do Pranayama é Udghata, ou seja, o despertar da Kundalini adormecida".
- Nota: "Os Nadis são tubos feitos de matéria astral e são os condutores das correntes prâmicas. Só podem ser vistos por olhos astrais. Não são os nervos. Seu número é de 72.000. Ida, Pingala e Sushumna são os mais importantes. Sushumna é o mais importante de todos".
"O que é comumente conhecido como o poder da personalidade nada mais é do que a capacidade natural de uma pessoa para dirigir o seu Prana.
Algumas pessoas têm maior êxito na vida, são mais influentes e mais fascinantes do que outras. Tudo isso se deve ao poder do Prana. Tais pessoas manipulam todos os dias, inconscientemente, já se vê, a mesma influência que um yogue usa conscientemente pelo comando de sua vontade.
Há outras que, por acaso, atingem inopinadamente esse Prana e o usam para baixos propósitos, sob nomes falsos.
O trabalho do Prana é visto nos movimentos sistólicos e diastólicos do coração, quando esse órgão bombeia o sangue para as artérias; na ação da inspiração e expiração, durante a respiração; na digestão dos alimentos, na excreção da urina e da matéria fecal; na formação do sêmen, do quilo, do quimo, do suco gástrico, da bile, do suco intestinal, da saliva; no abrir e fechar das pálpebras; no andar; no brincar; no correr; no falar; no pensar; no raciocinar; no sentir e no querer.
Prana é o vínculo entre o corpo físico e o corpo astral. Quando o delgado cordão do Prana é cortado, o corpo astral separa-se do corpo físico e tem lugar a morte. O prana que estava trabalhando no corpo físico recolhe-se ao corpo astral".
"Os chakras são centros de energia espiritual. Estão localizados no corpo astral, mas têm centros correspondentes também no corpo físico, e dificilmente são vistos a olho nu. Só um clarividente pode vê-los com seus olhos astrais.
De forma não categórica, podemos dizer que correspondem a certos plexos do corpo físico. Há seis chakras importantes, a saber: o Muladhara (base da coluna), que contém 4 pétalas e está localizado no ânus; o Svadhisthana (sexual), com 6 pétalas, localizado nos órgãos genitais; o Manipura (umbilical), com 10 pétalas, no umbigo, o Anahata (cardíaco), com 12 pétalas, no coração; o Visuddha (laríngeo), com 16 pétalas, na garganta; e o Ajna (frontal), com 2 pétalas, no espaço entre as sobrancelhas. O sétimo chakra é conhecido como Sahasrara (coronário, chacra da coroa) e contém mil pétalas; está localizado no alto da cabeça.
Sempre de forma não categórica, podemos dizer que o Muladhara corresponde ao plexo sacral; o Svadhisthana, ao plexo prostático; o Manipura, ao plexo solar; o Anahata, ao plexo cardíaco; o Visuddha, ao plexo laríngeo; e o Ajna, ao plexo cavernoso".
- Nota de Wagner Borges: Para melhor compreensão do trabalho do Swami Sivananda, reproduzo logo abaixo um texto já postado no site (Texto 127):
ENSINAMENTOS DE SIVA
Se seus ouvidos estão tampados de cera, você não conseguirá ouvir nenhuma música.
Da mesma forma, se o seu coração estiver tampado pela cera do ego, você não conseguirá escutar a música divina propagando-se pelo espaço interior.
Medite nisso!
Expanda os sentimentos.
Exonere os pensamentos nefandos.
Faça a água da sabedoria fluir pelos canais do coração e dilua a cera do ego.
Conecte coração e consciência no mesmo rumo.
Faça as águas da inspiração subirem pelos nádis*, da morada do coração, essência sempiterna, ao portão de Brahman**; do coração à consciência… daí ao Todo!
Escute a canção divina e siga fluindo…
OM TAT SAT! ***
- Siva****-
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - São Paulo, 08 de junho de 1999.)
* Nádis (do sânscrito): Condutos sutis que transportam o prana pelo sistema energético do corpo físico e do duplo etérico; canais energéticos; veias energéticas.
** Portão de Brahman (do sânscrito): "Portão divino"; "Portão de Deus". É o orifício situado bem no meio do chacra coronário. Contém doze raios (pétalas) em estreita relação com os doze raios do chacra cardíaco. É o ponto energético por onde muitos iogues projetam-se para fora de seus corpos, durante o sono, na meditação ou na projeção final ("maha samadhi").
*** OM TAT SAT (do sânscrito): É uma tríplice designação de Brahman, o Absoluto, o Todo. É também um poderoso mantra a ser vibrado dentro dos chacras.
**** Siva: É o pseudônimo de um iogue extrafísico (não confundir com "Shiva", terceiro aspecto da trimurti hinduísta). Ele é autor de vários livros de Ioga. Aparece para mim e me passa mensagens, exercícios e orientações há vários anos. Gostaria de colocar seu nome todo aqui, mas pode ser que seus discípulos venham me morder por causa disso. Sabe como é, discípulos têm o péssimo hábito de achar que seu mestre é sua propriedade exclusiva. Na verdade, um mestre é do mundo todo, e quem precisa mais de seus ensinamentos são as pessoas comuns, que não têm acesso às iniciações e nem são escolhidas de movimento nenhum.
No meu caso em particular, por ter sido um iogue em minha penúltima vida, no século passado, tenho facilidade e sintonia adequada para acessar vários mestres iogues extrafísicos.
Aproveitando esses detalhes adicionais do rodapé (que ficará bem grande, mais parecendo um texto adicional dentro do outro texto), darei alguns detalhes a seu respeito, aproveitando também para contar algumas coisas que ele me disse.
Siva é um mestre bem humorado. Foi médico, de corpo e alma. Poeta, escritor, mestre de Kundalini-Yoga, fundador de várias escolas de Ioga na Índia. Viveu nesse século 20.
Ele gosta de basear seus ensinamentos em preceitos sutis. Por isso, usa bastante a expressão "Sukshima" (do sânscrito: "sutil"), que na verdade é um mantra. Na filosofia iogue tudo que é denso é chamado de "Sthula" ("denso"; "grosseiro"). Logo, estudos espirituais são por natureza "Sukshima". Seus estudos sobre os nádis, os chacras, a kundalini, a força do pensamento e os mantras são clássicos e muito respeitados. Também escreveu bastante sobre projeção, clarividência, sidhis (poderes parapsíquicos adquiridos na prática iogue), concentração, meditação, samadhi (expansão da consciência) e carma.
Certa vez, ele me disse que a iluminação espiritual só surge quando a pessoa se dá conta da onipresença de Brahman em todos os seres. Ela vê Brahman em tudo!
Contou-me que entre seus inumeráveis discípulos, haviam alguns de grande realização e progresso notáveis nas práticas espirituais. Ele via Brahman neles e sorria... pleno de amor. Porém, disse-me também, que havia discípulos problemáticos, briguentos e sem noção de valores superiores ao próprio ego. Alguns deles falavam mal dele pelas costas (qualquer semelhança com muitas pessoas que trafegam nos estudos espiritualistas atualmente, não é mera coincidência). Ele sabia, mas continuou tratando-os amorosamente, esperando as flores da maturidade surgirem em suas consciências. Eles também eram expressões de Brahman!
Esse mestre maravilhoso, dotado de grande simplicidade e praticidade iogue, tem me ensinado muitas coisas sobre projeção, filosofia iogue, kundalini e os nádis. Há vários dos seus ensinamentos recebidos espiritualmente por mim no meu livro "Viagem Espiritual Vol. lll". Há outros que publicarei em um dos próximos livros.