ABORTO
Uma análise científica das conseqüências espirituais do aborto provocado.
- Dr. Ricardo Di Bernardi - Associação Médico-Espírita da Bahia -
- Dr. Ricardo Di Bernardi - Associação Médico-Espírita da Bahia -
As complicações clínicas advindas dos abortos provocados na esfera ginecológica são inúmeras e podem, inclusive, determinar o êxito letal da mulher.
No campo psicológico, são comuns os processos depressivos subseqüentes que acometem as mulheres que se submeteram à eliminação da gestação indesejada. A sensação de vazio interior, mesclada com um sentimento de culpa consciente e inconsciente, freqüentemente, determina uma acentuada baixa de vibração na psicosfera feminina.
Paralelamente, a ação do magnetismo mental do espírito expulso passará gradativamente a exacerbar a situação depressiva da ex-gestante.
Como já estudamos, em muitos casos, aquele que reencarnaria como seu rebento estava sendo encaminhado para um processo de reconciliação afetiva. O véu do esquecimento do passado é que possibilitaria a reaproximação de ambos sob o mesmo teto. Com o aborto provocado, à medida que o espírito recobra a consciência, passa, nesses casos, a emitir vibrações que, pelo desagrado profundo, agirão de forma nociva na psicosfera materna. Em que pese o esforço protetor exercido pelos mentores amigos, em muitas circunstâncias se estabelece o vínculo simbiótico, mergulhando a mãe nos tristes escaninhos da psicopatologia.
Ao desencarnar, de volta ao plano espiritual, a mãe apresentará em diversos níveis, conforme o seu grau de responsabilidade, distonias energéticas que se farão representar por massas fluídicas escuras que comporão a estrutura de seu psicossoma (corpo espiritual). Apesar de serem atendidas com os recursos e as técnicas terapêuticas existentes no mundo astral, a chaga energética, em muitos casos, se mantém, em função da gravidade e agravantes existentes.
As lesões na textura íntima do psiçossoma a que nos referimos, muitas vezes, só pode ser eliminada numa próxima encarnação de características expiatórias.
Expiação, longe de ter uma conotação punitiva, pois esse critério não existe na planificação superior, é um método de eliminação das desarmonias mais profundas para a periferia do novo corpo físico. A expiação sempre tem função regeneradora e construtiva e visa restaurar o equilíbrio energético perdido por posturas desequilibradas do pretérito.
As deficiências que surgirão no corpo físico feminino pelo mecanismo expiatório visa, então, em última análise, suprimir o mal, drená-lo para a periferia física. Segundo os textos evangélicos, teríamos a assertiva: "A cada um de acordo com as próprias obras".
Os desajustes ocorrem inicialmente nas energias psicossomáticas do chacra genésico, implantando-se nos tecidos da própria alma as sementes que germinarão no seu novo corpo físico, em encarnação vindoura, como colheita de semeadura anterior.
André Luiz, na obra Evolução em Dois Mundos, segunda parte, capo XIX utiliza a designação miopraxia do centro genésico atonizado, que determinará graves patologias na gestação ou toxemias gravídicas. O chacra genésico desarmonizado pelos abortos anteriores passa a enviar estímulos energéticos defeituosos à estrutura ginecológica da mulher. O óvulo fecundado no terço distal da trompa de Falópio deveria descer e encaminhar-se para o ninho uterino onde, nidado, desenvolveria a gestação normal. No entanto, a arritmia do chacra genésico impede que o comando energético controle a fisiologia dos anexos uterinos de forma harmônica.
A trompa, que deveria impulsionar o ovo em direção ao útero, não consegue atuar corretamente e o óvulo fecundado permanece no nível tubário (trompa), ali se fixando. As células ciliadas que,
com seu movimento rítmico de vaivém, varreriam o óvulo fecundado no rumo uterino, ao invés do movimento simétrico,à semelhança de um trigal ao vento, agem descompassadas e irregularmente, não logrando o seu intento.
As células que produzem o muco de lubrificação e as células intercalares não dispõem da força e coordenação necessárias na mucosa da trompa para que a condução endossal-pingeana (intratrompa) do óvulo, ou mesmo sua alimentação, se processe adequadamente, pelo deficiente funcionamento hormonal ovariano. Ocorre então, pelo exposto, a gravidez tubária ou prenhez ectópica ou, ainda, localização heterotópica do ovo.
A gravidez tubária torna-se inviável e gera o aborto espontâneo. A lei inexorável da ação e reação se expressando é o que se percebe nesse fenômeno. A colheita obrigatória de hoje motivada pela semeadura livre e irresponsável do passado. Abortos provocados ontem determinando abortos espontâneos hoje.
Chacra Genésico
Mais uma vez, vale recordar que o espírito, ou entidade reencarnante, preso ao ovo fora do endométrio ortotópico (ligação normal) é, sem dúvida, aquele que se afiniza à faixa de culpa em que se sente fixado magneticamente.
Muitas outras situações similares ocorrem em conseqüência dessa alteração do chacra genésico. Mesmo quando é possível a nidação uterina e normal do ovo, ou no endométrio ortópico, surgem as situações de placentação baixa ou placenta prévia ocasionando graves complicações à gestante.
Ainda enquadradas nas conseqüências da arritmia do centro genésico, ocorrem os fenômenos de descolamento prematuro de placenta eutópica pela hiperatividade histolítica da vilosidade corial. O descolamento prematuro da placenta, ou DPP também leva a situações de intensa dificuldade no binômio materno-fetal, com sofrimento expressivo para ambos.
Segundo o médico desencarnado que ditou a Chico Xavier a obra Evolução em Dois Mundos, também a hipocinesia (diminuição da movimentação fisiológica) das células uterinas, que favorece o campo para proliferação bacteriana ao estreptococo e gonococo, pode ser decorrente da desarmonia do chacra genésico. Enfim, são inúmeras as repercussões desse desequilíbrio. Para um estudo mais aprofundado, recomendamos, sem dúvida, o capítulo citado da referida obra.
Aborto espontâneo
Nas situações em que o desequilíbrio emocional e efetivo do aborto provocado no passado
marcou o organismo perispiritual da mãe, teremos o chacra cardíaco desequilibrado. As forças provindas do chacra citado influenciam na atividade elétrica do coração e, justamente na época da
gestação, pelo estímulo de ressonância com o passado, levam ao distúrbio e sofrimento cardiovascular, com o aumento do volume de plasma na corrente sangüínea, relacionado também ao desequilíbrio hormonal, gerando sérios problemas para a mãe e para o feto, ambos espíritos vinculados a situações desarmônicas de um passado comum ou afim.
Em determinados casos, a mulher, em vidas anteriores, manteve-se sintonizada com os deveres da maternidade até a terceira gestação, quando partiu para o aborto criminoso. O registro dos fatos far-se-á nos núcleos energéticos do espírito na seqüência cronológica, bem como o desequilíbrio que atinge o chacra genésico e o esplênico do corpo espiritual.
Voltamos à vida física, muitas vezes, em locais onde há deficiente acesso à assistência médica e hospitalar, reencarnando com RH negativo e consorciando-se com um companheiro RH positivo. No terceiro filho, justamente, poderá colher o retomo da situação que seus atos anteriores propiciaram. A incompatibilidade RH determinará o aborto espontâneo ou outras conseqüências, conforme o grau de desarmonia registrado nos vórtices energéticos da mãe e do espírito.
Em outros casos, pela hiperexcitação do campo nervoso, as mulheres que praticam diversos abortos passam a apresentar modificações expressivas na personalidade, registrando no chacra coronário (cerebral) as distonias energéticas e abrindo caminho para a obsessão conseqüente.
Todos os exemplos citados são sempre flexíveis de acordo com a individualidade do caso. Problemas podem ser abrandados consideravelmente em função dos atos construtivos e amorosos desempenhados no cotidiano. Só o amor reconstrói...
Responsabilidade Paterna
Se é verdade que a mulher se constitui no ninho onde se aconchegam os ovos, que, acalentados pelo amor, abrir-se-ão em novos filhotes da vida humana, não há como se esquecer da função paterna.
A pretensa igualdade pregada por feministas, que mais se mostram como extremistas, não permite que se enxergue pela embaciada lente do orgulho, que a mulher jamais será igual ao homem. A mulher é maravilhosamente especial para se igualar a nós homens.
Já nos referimos às complexas conseqüências para o lado materno no caso da interrupção premeditada da gestação.
Faz-se necessário, não só por uma questão de esclarecimento, mas até por justiça, estudarmos os efeitos sobre o elemento paterno que, muitas vezes, é o mentor intelectual do crime.
Conseqüências para os pais
Desertando do compromisso assumido, ou pressionando pela força física ou mental, o homem, a quem freqüentem ente a mulher se subordina para manter a sobrevivência, obriga a sua companheira a abortar. Não estamos eximindo quem quer que seja da responsabilidade, pois cada qual responde perante a lei da natureza, proporcionalmente à sua participação nos atos da vida. A mãe terá sua quota de responsabilidade, ou de valorização, devidamente codificada nos computadores do seu próprio espírito.
O homem, freqüentemente, obterá na existência próxima a colheita espinhosa da semeadura irresponsável. Seu chacra coronário ou cerebral, manipulador da indução ao ato delituoso, se desarmonizará gerando ondas de baixa freqüência e elevado comprimento ondulatório. Circuitos energéticos anômalos se formarão nesse nível, atraindo por sintonia magnética ondas de similar amplitude e freqüência, abrindo caminho à obsessão espiritual.
Obsessores
As emanações vibratórias doentias do seu passado, que jaziam adormecidas, pulsarão estimuladas pela postura equivocada atual e abrirão um canal anímico de acesso aos obsessores.
O chacra genésico também recebe o influxo patológico de suas atitudes, toma-se distônico e, na seguinte encarnação programa automaticamente pelos computadores perispirituais a fragilidade do aparelho reprodutor. Objetivamente, veremos moléstias testiculares e distúrbios hormonais como reflexos do seu pretérito.
Lembramos sempre que não se pode generalizar raciocínios nem padronizar efeitos, pois cada espírito tem um miliar de responsabilidades e, a cada momento, atos de amor e de crescimento interior diluem o carma construído no passado.
Conseqüências para o abortado
A especificidade de cada caso determina situações absolutamente individuais no que se refere às repercussões sofridas pelo espírito eliminado de seu corpo em vias de estruturação.
Se existe na ciência do espírito uma regra fundamental que rege a lei de causa e efeito, poderíamos enunciá-la assim: A reação da natureza sempre se fará proporcional à intencionalidade da ação. Isto é, jamais poderemos afirmar que um determinado ato levará inexoravelmente a uma exata conseqüência.
Quando a responsabilidade maior da decisão coube aos encarnados, pai e ou mãe, eximindo o espírito de participação voluntária no aborto, teremos um tipo de situação a ser analisada.
O espírito, quando de nível evolutivo mais expressivo, tem reações mais moderadas e tolerantes. Muitas vezes seria ele alguém destinado a aproximar o casal, restabelecer a união ou, mesmo no futuro, servir de amparo social ou efetivo aos membros da família. Lamentará a perda de oportunidade de auxílio para aqueles que ama. Não se deixará envolver pelo ódio ou ressentimento, mesmo que o ato do aborto o tenha feito sofrer física e psiquicamente. Em muitos casos, manterá, mesmo desencarnado, tanto quanto possível, o seu trabalho de indução mental positiva sobre a mãe ou os cônjuges.
Nas situações em que o espírito se encontrava em degraus mais baixos da escada evolutiva, as reações se farão de forma mais descontrolada e, sobretudo, mais agressiva.
Espíritos destinados ao reencontro com aqueles a quem no passado foram ligados por liames desarmônicos, ao se sentirem rejeitados, devolvem na idêntica moeda o amargo fel do ressentimento.
Ao invés de se sentirem recebidos com amor, sofrem o choque emocional da indiferença ou a dor da repulsa. Ainda infantis na cronologia do desenvolvimento espiritual, passam a revidar com a perseguição aos cônjuges ou outros envolvidos na consecução do ato abortivo.
Em determinadas circunstâncias, permanecem ligados ao chacra genésico materno, induzindo consciente ou inconscientemente a profundos distúrbios ginecológicos aquela que fora destinada a ser sua mãe. Outros, pela vampirização energética, tornam-se verdadeiros endoparasitas do organismo perespiritual, aderindo ao chacra esplênico, sugando o fluido vital materno.
Débitos cármicos
As emanações maternas e paternas de remorso,culpa ou outras, que determinam o estado psicológico depressivo, abrem caminho no chacra coronário dos país para a imantação magnética da obsessão de natureza intelectual.
A terapêutica espiritual, além da médica, reconduzirá todos os envolvidos ao equilíbrio, embora freqüentemente venha a ser longa e trabalhosa.
Há também espíritos que, pela recusa sistematicamente determinada em reencarnar, para fugir de determinadas situações, romperam os liames que os unia ao embrião. Estes terão seus débitos cármicos agravados e muitas vezes encontrarão posteriores dificuldades em reencarnar, sendo atraídos a gestações inviáveis e a país necessitados de vivenciar a valorização da vida.
No entanto, o grande remédio do tempo sempre proporcionará o amadurecimento e a revisão de posturas que serão gradativamente mais harmoniosas e, sobretudo, mais construtivas. Todos terão oportunidade de amar.
Responsabilidade profissional
A completa ignorância da lei da gravidade e sua compreensão não isenta aquele que arremessa um peso para o alto de receber o impacto do mesmo sobre sua cabeça. De uma forma ou de outra, as conseqüências ocorrem pela razão simples da existência de leis naturais.
Sem dúvida, são inúmeros os fatores atenuantes que reduzem a responsabilidade do profissional da área médica praticante do aborto.
A intenção compassiva de quem sentia uma situação de miserabilidade humana, em que a fome e outros fatores sociais parecem sufocar aquela que se encontra gestando, podem ter sido determinantes para uma tomada de posição, ainda que equivocada, relativa à intervenção médica pela curetagem uterina.
Para muitos profissionais, só existe a vida biológica. Sentimento e intelectualidade seriam meros atributos do metabolismo neuronal do cérebro. O desconhecimento da existência do espírito, sua sobrevivência, comunicabilidade e reencarnação é ainda comum no meio médico.
Ao desconhecer as razões transcendentais que fazem alguém renascer neste ou naquele meio, nesta ou naquela condição orgânica, parece lógico evitar que um sofredor ou deficiente seja impedido de existir. E, na realidade, uma visão parcial e distorcida dos fenômenos da vida. Sucede que o desconhecimento da ciência do espírito leva muitas vezes a uma percepção meramente organicista.
Mensurar o débito perante as leis naturais de um profissional nas condições acima comentadas fica extremamente difícil.
Todos nós, médicos, somos assistidos espiritualmente e instruídos constantemente no exercício profissional. Cabe a cada um abrir ou fechar os canais anímicos para merecer os influxos energéticos salutares. Caso estejamos incorrendo em freqüentes equívocos éticos, sem dúvida, nosso padrão vibratório é que não está permitindo o acesso às orientações espirituais. Portanto, assumimos cota de participação nos males produzidos.
Os profissionais do aborto
O grande móvel da responsabilidade, no entanto, deve ser o fator intencionalidade.
Freqüentemente, também, são apenas fatores de interesse material que levam os profissionais a tomar a decisão mais fácil e rápida, porém destrutiva: abortar. Nesse caso, a situação se agrava consideravelmente do ponto de vista extrafísico.
Evidentemente, são completamente excluídos de responsabilidade aqueles que, no cumprimento sagrado de seus labores hipocráticos, executam o aborto no intuito de preservar a vida da gestante. Nossa digressão filosófica se refere a situações não inseridas em indicações inevitáveis.
No tocante aos paramédicos não habilitados e aborteiras profissionais clandestinas, o acompanhamento espiritual trevoso dos elementos citados faz inveja às descrições dantescas do inferno.
O assessoramento espiritual de médicos e curiosas que se dedicam integralmente à prática do aborto clandestino é de infundir pavor à sensibilidade de pessoas comuns.
Formas ideoplásticas aracneiformes, estruturas energéticas viscosas e aderentes, elementos espirituais deformados e animalizados (licantropia e zoantropia) compõem o séquito horripilante que se fixa nesses ambientes. Não seremos minuciosos nos comentários para poupar o leitor da fixação nos terríveis quadros da vampirização espiritual.
Mesmo nesta encarnação costumam ocorrer fenômenos de desagregação psíquica nos envolvidos em comerciar o aborto. Alguns são mergulhados na aura escura e perniciosa dos" abutres espirituais" e adoecem fisicamente de dolorosas enfermidades. Outros desestabilizam seu ambiente afetivo pela interferência dos obsessores.
Nas encarnações seguintes, haverá conseqüências tanto para o chacra coronário e genésico como para o esplênico e o cardíaco.
Os sofrimentos que os aborteiros profissionais poderão atrair, ligados à futura paternidade e maternidade, poderão ocorrer em todos os níveis e situações pela atração automática com as vítimas do passado.
Urge, pois, que semeemos o esclarecimento dado pela ciência do espírito visando à profilaxia do sofrimento de muitas criaturas encarnadas e desencarnadas.
Sempre há tempo...
CLASSIFICAÇÃO DOS PLEXOS
(de cima para baixo)
1- Plexo Coronal: apresenta-se na cabeça, associado à glândula epífese.
2 - Plexo Frontal: apresenta-se na parte frontal da cabeça, associado à glândula hipófise.
3 - Plexo Laríngico: assenta-se no pescoço, associado à glândula tireóide.
4 - Plexo Cardíaco: apresenta-se no tórax, associado ao timo, responsável pela produção de elementos sangüíneos na defesa imunológica (linfócitos).
5 - Plexo Solar: assenta-se na região epigástrica, associado ao pâncreas.
6 - Plexo Esplênico: assenta-se na região do hipocôndrio esquerdo, associado ao baço e fígado,
7 - Plexo Genésico: apresenta-se na região hipogástrica, associado à glândula supra-renal, rim e gônadas.
No campo psicológico, são comuns os processos depressivos subseqüentes que acometem as mulheres que se submeteram à eliminação da gestação indesejada. A sensação de vazio interior, mesclada com um sentimento de culpa consciente e inconsciente, freqüentemente, determina uma acentuada baixa de vibração na psicosfera feminina.
Paralelamente, a ação do magnetismo mental do espírito expulso passará gradativamente a exacerbar a situação depressiva da ex-gestante.
Como já estudamos, em muitos casos, aquele que reencarnaria como seu rebento estava sendo encaminhado para um processo de reconciliação afetiva. O véu do esquecimento do passado é que possibilitaria a reaproximação de ambos sob o mesmo teto. Com o aborto provocado, à medida que o espírito recobra a consciência, passa, nesses casos, a emitir vibrações que, pelo desagrado profundo, agirão de forma nociva na psicosfera materna. Em que pese o esforço protetor exercido pelos mentores amigos, em muitas circunstâncias se estabelece o vínculo simbiótico, mergulhando a mãe nos tristes escaninhos da psicopatologia.
Ao desencarnar, de volta ao plano espiritual, a mãe apresentará em diversos níveis, conforme o seu grau de responsabilidade, distonias energéticas que se farão representar por massas fluídicas escuras que comporão a estrutura de seu psicossoma (corpo espiritual). Apesar de serem atendidas com os recursos e as técnicas terapêuticas existentes no mundo astral, a chaga energética, em muitos casos, se mantém, em função da gravidade e agravantes existentes.
As lesões na textura íntima do psiçossoma a que nos referimos, muitas vezes, só pode ser eliminada numa próxima encarnação de características expiatórias.
Expiação, longe de ter uma conotação punitiva, pois esse critério não existe na planificação superior, é um método de eliminação das desarmonias mais profundas para a periferia do novo corpo físico. A expiação sempre tem função regeneradora e construtiva e visa restaurar o equilíbrio energético perdido por posturas desequilibradas do pretérito.
As deficiências que surgirão no corpo físico feminino pelo mecanismo expiatório visa, então, em última análise, suprimir o mal, drená-lo para a periferia física. Segundo os textos evangélicos, teríamos a assertiva: "A cada um de acordo com as próprias obras".
Os desajustes ocorrem inicialmente nas energias psicossomáticas do chacra genésico, implantando-se nos tecidos da própria alma as sementes que germinarão no seu novo corpo físico, em encarnação vindoura, como colheita de semeadura anterior.
André Luiz, na obra Evolução em Dois Mundos, segunda parte, capo XIX utiliza a designação miopraxia do centro genésico atonizado, que determinará graves patologias na gestação ou toxemias gravídicas. O chacra genésico desarmonizado pelos abortos anteriores passa a enviar estímulos energéticos defeituosos à estrutura ginecológica da mulher. O óvulo fecundado no terço distal da trompa de Falópio deveria descer e encaminhar-se para o ninho uterino onde, nidado, desenvolveria a gestação normal. No entanto, a arritmia do chacra genésico impede que o comando energético controle a fisiologia dos anexos uterinos de forma harmônica.
A trompa, que deveria impulsionar o ovo em direção ao útero, não consegue atuar corretamente e o óvulo fecundado permanece no nível tubário (trompa), ali se fixando. As células ciliadas que,
com seu movimento rítmico de vaivém, varreriam o óvulo fecundado no rumo uterino, ao invés do movimento simétrico,à semelhança de um trigal ao vento, agem descompassadas e irregularmente, não logrando o seu intento.
As células que produzem o muco de lubrificação e as células intercalares não dispõem da força e coordenação necessárias na mucosa da trompa para que a condução endossal-pingeana (intratrompa) do óvulo, ou mesmo sua alimentação, se processe adequadamente, pelo deficiente funcionamento hormonal ovariano. Ocorre então, pelo exposto, a gravidez tubária ou prenhez ectópica ou, ainda, localização heterotópica do ovo.
A gravidez tubária torna-se inviável e gera o aborto espontâneo. A lei inexorável da ação e reação se expressando é o que se percebe nesse fenômeno. A colheita obrigatória de hoje motivada pela semeadura livre e irresponsável do passado. Abortos provocados ontem determinando abortos espontâneos hoje.
Chacra Genésico
Mais uma vez, vale recordar que o espírito, ou entidade reencarnante, preso ao ovo fora do endométrio ortotópico (ligação normal) é, sem dúvida, aquele que se afiniza à faixa de culpa em que se sente fixado magneticamente.
Muitas outras situações similares ocorrem em conseqüência dessa alteração do chacra genésico. Mesmo quando é possível a nidação uterina e normal do ovo, ou no endométrio ortópico, surgem as situações de placentação baixa ou placenta prévia ocasionando graves complicações à gestante.
Ainda enquadradas nas conseqüências da arritmia do centro genésico, ocorrem os fenômenos de descolamento prematuro de placenta eutópica pela hiperatividade histolítica da vilosidade corial. O descolamento prematuro da placenta, ou DPP também leva a situações de intensa dificuldade no binômio materno-fetal, com sofrimento expressivo para ambos.
Segundo o médico desencarnado que ditou a Chico Xavier a obra Evolução em Dois Mundos, também a hipocinesia (diminuição da movimentação fisiológica) das células uterinas, que favorece o campo para proliferação bacteriana ao estreptococo e gonococo, pode ser decorrente da desarmonia do chacra genésico. Enfim, são inúmeras as repercussões desse desequilíbrio. Para um estudo mais aprofundado, recomendamos, sem dúvida, o capítulo citado da referida obra.
Aborto espontâneo
Nas situações em que o desequilíbrio emocional e efetivo do aborto provocado no passado
marcou o organismo perispiritual da mãe, teremos o chacra cardíaco desequilibrado. As forças provindas do chacra citado influenciam na atividade elétrica do coração e, justamente na época da
gestação, pelo estímulo de ressonância com o passado, levam ao distúrbio e sofrimento cardiovascular, com o aumento do volume de plasma na corrente sangüínea, relacionado também ao desequilíbrio hormonal, gerando sérios problemas para a mãe e para o feto, ambos espíritos vinculados a situações desarmônicas de um passado comum ou afim.
Em determinados casos, a mulher, em vidas anteriores, manteve-se sintonizada com os deveres da maternidade até a terceira gestação, quando partiu para o aborto criminoso. O registro dos fatos far-se-á nos núcleos energéticos do espírito na seqüência cronológica, bem como o desequilíbrio que atinge o chacra genésico e o esplênico do corpo espiritual.
Voltamos à vida física, muitas vezes, em locais onde há deficiente acesso à assistência médica e hospitalar, reencarnando com RH negativo e consorciando-se com um companheiro RH positivo. No terceiro filho, justamente, poderá colher o retomo da situação que seus atos anteriores propiciaram. A incompatibilidade RH determinará o aborto espontâneo ou outras conseqüências, conforme o grau de desarmonia registrado nos vórtices energéticos da mãe e do espírito.
Em outros casos, pela hiperexcitação do campo nervoso, as mulheres que praticam diversos abortos passam a apresentar modificações expressivas na personalidade, registrando no chacra coronário (cerebral) as distonias energéticas e abrindo caminho para a obsessão conseqüente.
Todos os exemplos citados são sempre flexíveis de acordo com a individualidade do caso. Problemas podem ser abrandados consideravelmente em função dos atos construtivos e amorosos desempenhados no cotidiano. Só o amor reconstrói...
Responsabilidade Paterna
Se é verdade que a mulher se constitui no ninho onde se aconchegam os ovos, que, acalentados pelo amor, abrir-se-ão em novos filhotes da vida humana, não há como se esquecer da função paterna.
A pretensa igualdade pregada por feministas, que mais se mostram como extremistas, não permite que se enxergue pela embaciada lente do orgulho, que a mulher jamais será igual ao homem. A mulher é maravilhosamente especial para se igualar a nós homens.
Já nos referimos às complexas conseqüências para o lado materno no caso da interrupção premeditada da gestação.
Faz-se necessário, não só por uma questão de esclarecimento, mas até por justiça, estudarmos os efeitos sobre o elemento paterno que, muitas vezes, é o mentor intelectual do crime.
Conseqüências para os pais
Desertando do compromisso assumido, ou pressionando pela força física ou mental, o homem, a quem freqüentem ente a mulher se subordina para manter a sobrevivência, obriga a sua companheira a abortar. Não estamos eximindo quem quer que seja da responsabilidade, pois cada qual responde perante a lei da natureza, proporcionalmente à sua participação nos atos da vida. A mãe terá sua quota de responsabilidade, ou de valorização, devidamente codificada nos computadores do seu próprio espírito.
O homem, freqüentemente, obterá na existência próxima a colheita espinhosa da semeadura irresponsável. Seu chacra coronário ou cerebral, manipulador da indução ao ato delituoso, se desarmonizará gerando ondas de baixa freqüência e elevado comprimento ondulatório. Circuitos energéticos anômalos se formarão nesse nível, atraindo por sintonia magnética ondas de similar amplitude e freqüência, abrindo caminho à obsessão espiritual.
Obsessores
As emanações vibratórias doentias do seu passado, que jaziam adormecidas, pulsarão estimuladas pela postura equivocada atual e abrirão um canal anímico de acesso aos obsessores.
O chacra genésico também recebe o influxo patológico de suas atitudes, toma-se distônico e, na seguinte encarnação programa automaticamente pelos computadores perispirituais a fragilidade do aparelho reprodutor. Objetivamente, veremos moléstias testiculares e distúrbios hormonais como reflexos do seu pretérito.
Lembramos sempre que não se pode generalizar raciocínios nem padronizar efeitos, pois cada espírito tem um miliar de responsabilidades e, a cada momento, atos de amor e de crescimento interior diluem o carma construído no passado.
Conseqüências para o abortado
A especificidade de cada caso determina situações absolutamente individuais no que se refere às repercussões sofridas pelo espírito eliminado de seu corpo em vias de estruturação.
Se existe na ciência do espírito uma regra fundamental que rege a lei de causa e efeito, poderíamos enunciá-la assim: A reação da natureza sempre se fará proporcional à intencionalidade da ação. Isto é, jamais poderemos afirmar que um determinado ato levará inexoravelmente a uma exata conseqüência.
Quando a responsabilidade maior da decisão coube aos encarnados, pai e ou mãe, eximindo o espírito de participação voluntária no aborto, teremos um tipo de situação a ser analisada.
O espírito, quando de nível evolutivo mais expressivo, tem reações mais moderadas e tolerantes. Muitas vezes seria ele alguém destinado a aproximar o casal, restabelecer a união ou, mesmo no futuro, servir de amparo social ou efetivo aos membros da família. Lamentará a perda de oportunidade de auxílio para aqueles que ama. Não se deixará envolver pelo ódio ou ressentimento, mesmo que o ato do aborto o tenha feito sofrer física e psiquicamente. Em muitos casos, manterá, mesmo desencarnado, tanto quanto possível, o seu trabalho de indução mental positiva sobre a mãe ou os cônjuges.
Nas situações em que o espírito se encontrava em degraus mais baixos da escada evolutiva, as reações se farão de forma mais descontrolada e, sobretudo, mais agressiva.
Espíritos destinados ao reencontro com aqueles a quem no passado foram ligados por liames desarmônicos, ao se sentirem rejeitados, devolvem na idêntica moeda o amargo fel do ressentimento.
Ao invés de se sentirem recebidos com amor, sofrem o choque emocional da indiferença ou a dor da repulsa. Ainda infantis na cronologia do desenvolvimento espiritual, passam a revidar com a perseguição aos cônjuges ou outros envolvidos na consecução do ato abortivo.
Em determinadas circunstâncias, permanecem ligados ao chacra genésico materno, induzindo consciente ou inconscientemente a profundos distúrbios ginecológicos aquela que fora destinada a ser sua mãe. Outros, pela vampirização energética, tornam-se verdadeiros endoparasitas do organismo perespiritual, aderindo ao chacra esplênico, sugando o fluido vital materno.
Débitos cármicos
As emanações maternas e paternas de remorso,culpa ou outras, que determinam o estado psicológico depressivo, abrem caminho no chacra coronário dos país para a imantação magnética da obsessão de natureza intelectual.
A terapêutica espiritual, além da médica, reconduzirá todos os envolvidos ao equilíbrio, embora freqüentemente venha a ser longa e trabalhosa.
Há também espíritos que, pela recusa sistematicamente determinada em reencarnar, para fugir de determinadas situações, romperam os liames que os unia ao embrião. Estes terão seus débitos cármicos agravados e muitas vezes encontrarão posteriores dificuldades em reencarnar, sendo atraídos a gestações inviáveis e a país necessitados de vivenciar a valorização da vida.
No entanto, o grande remédio do tempo sempre proporcionará o amadurecimento e a revisão de posturas que serão gradativamente mais harmoniosas e, sobretudo, mais construtivas. Todos terão oportunidade de amar.
Responsabilidade profissional
A completa ignorância da lei da gravidade e sua compreensão não isenta aquele que arremessa um peso para o alto de receber o impacto do mesmo sobre sua cabeça. De uma forma ou de outra, as conseqüências ocorrem pela razão simples da existência de leis naturais.
Sem dúvida, são inúmeros os fatores atenuantes que reduzem a responsabilidade do profissional da área médica praticante do aborto.
A intenção compassiva de quem sentia uma situação de miserabilidade humana, em que a fome e outros fatores sociais parecem sufocar aquela que se encontra gestando, podem ter sido determinantes para uma tomada de posição, ainda que equivocada, relativa à intervenção médica pela curetagem uterina.
Para muitos profissionais, só existe a vida biológica. Sentimento e intelectualidade seriam meros atributos do metabolismo neuronal do cérebro. O desconhecimento da existência do espírito, sua sobrevivência, comunicabilidade e reencarnação é ainda comum no meio médico.
Ao desconhecer as razões transcendentais que fazem alguém renascer neste ou naquele meio, nesta ou naquela condição orgânica, parece lógico evitar que um sofredor ou deficiente seja impedido de existir. E, na realidade, uma visão parcial e distorcida dos fenômenos da vida. Sucede que o desconhecimento da ciência do espírito leva muitas vezes a uma percepção meramente organicista.
Mensurar o débito perante as leis naturais de um profissional nas condições acima comentadas fica extremamente difícil.
Todos nós, médicos, somos assistidos espiritualmente e instruídos constantemente no exercício profissional. Cabe a cada um abrir ou fechar os canais anímicos para merecer os influxos energéticos salutares. Caso estejamos incorrendo em freqüentes equívocos éticos, sem dúvida, nosso padrão vibratório é que não está permitindo o acesso às orientações espirituais. Portanto, assumimos cota de participação nos males produzidos.
Os profissionais do aborto
O grande móvel da responsabilidade, no entanto, deve ser o fator intencionalidade.
Freqüentemente, também, são apenas fatores de interesse material que levam os profissionais a tomar a decisão mais fácil e rápida, porém destrutiva: abortar. Nesse caso, a situação se agrava consideravelmente do ponto de vista extrafísico.
Evidentemente, são completamente excluídos de responsabilidade aqueles que, no cumprimento sagrado de seus labores hipocráticos, executam o aborto no intuito de preservar a vida da gestante. Nossa digressão filosófica se refere a situações não inseridas em indicações inevitáveis.
No tocante aos paramédicos não habilitados e aborteiras profissionais clandestinas, o acompanhamento espiritual trevoso dos elementos citados faz inveja às descrições dantescas do inferno.
O assessoramento espiritual de médicos e curiosas que se dedicam integralmente à prática do aborto clandestino é de infundir pavor à sensibilidade de pessoas comuns.
Formas ideoplásticas aracneiformes, estruturas energéticas viscosas e aderentes, elementos espirituais deformados e animalizados (licantropia e zoantropia) compõem o séquito horripilante que se fixa nesses ambientes. Não seremos minuciosos nos comentários para poupar o leitor da fixação nos terríveis quadros da vampirização espiritual.
Mesmo nesta encarnação costumam ocorrer fenômenos de desagregação psíquica nos envolvidos em comerciar o aborto. Alguns são mergulhados na aura escura e perniciosa dos" abutres espirituais" e adoecem fisicamente de dolorosas enfermidades. Outros desestabilizam seu ambiente afetivo pela interferência dos obsessores.
Nas encarnações seguintes, haverá conseqüências tanto para o chacra coronário e genésico como para o esplênico e o cardíaco.
Os sofrimentos que os aborteiros profissionais poderão atrair, ligados à futura paternidade e maternidade, poderão ocorrer em todos os níveis e situações pela atração automática com as vítimas do passado.
Urge, pois, que semeemos o esclarecimento dado pela ciência do espírito visando à profilaxia do sofrimento de muitas criaturas encarnadas e desencarnadas.
Sempre há tempo...
CLASSIFICAÇÃO DOS PLEXOS
(de cima para baixo)
1- Plexo Coronal: apresenta-se na cabeça, associado à glândula epífese.
2 - Plexo Frontal: apresenta-se na parte frontal da cabeça, associado à glândula hipófise.
3 - Plexo Laríngico: assenta-se no pescoço, associado à glândula tireóide.
4 - Plexo Cardíaco: apresenta-se no tórax, associado ao timo, responsável pela produção de elementos sangüíneos na defesa imunológica (linfócitos).
5 - Plexo Solar: assenta-se na região epigástrica, associado ao pâncreas.
6 - Plexo Esplênico: assenta-se na região do hipocôndrio esquerdo, associado ao baço e fígado,
7 - Plexo Genésico: apresenta-se na região hipogástrica, associado à glândula supra-renal, rim e gônadas.