BABAJI E O KUMARA
Certa vez, o discípulo perguntou ao Mestre:
"Babu, qual é a origem e sustentação da reencarnação?"
O mestre olhou compassivo para o discípulo, e falou:
"Meu querido Kumara, a origem é a própria Vida, e a sua sustentação são as carências e os desejos provenientes delas."
"Senhor, não entendo isso." – disse o discípulo.
"Babu, qual é a origem e sustentação da reencarnação?"
O mestre olhou compassivo para o discípulo, e falou:
"Meu querido Kumara, a origem é a própria Vida, e a sua sustentação são as carências e os desejos provenientes delas."
"Senhor, não entendo isso." – disse o discípulo.
Bábaji e o Kumara
Certa vez, o discípulo perguntou ao Mestre:
"Babu, qual é a origem e sustentação da reencarnação?"
O mestre olhou compassivo para o discípulo, e falou:
"Meu querido Kumara, a origem é a própria Vida, e a sua sustentação são as carências e os desejos provenientes delas."
"Senhor, não entendo isso." – disse o discípulo.
O mestre parou por um instante e em seguida falou:
"Quando a consciência passa a perceber a si mesma como sujeito e o que há ao redor como objetos e se identifica com eles, começa a sofrer.
Ela passa a descriminar sem discernir. Diz: "Isso é belo! Quero isso ao meu lado!"
Daí nasce o sentimento de "Eu e meu". Por causa desse sentimento a consciência se embrutece, revestida em seus vários envoltórios criados a partir de si mesma, e que possuem funções específicas a fim de desfrutar seus desejos.
Essa carência pode ser comparada à uma criança que chega a um belo lugar e se deslumbra com essa beleza. Ela passa a desejar aquilo que a agradou, e enquanto não conseguir, não sossega. Ela chora, puxa a mão do pai para que ele a atenda... chega a rolar no chão para forçar a realização do desejo!
A consciência recém-criada é como essa criança.
Na ânsia por experimentar seus desejos, age. Ao agir não discerne, discrimina. Dessa maneira emite julgamento. Separa o que é belo do que é feio, o que lhe agrada do que lhe repele.
Assim, desvia a mente do que deve ser investigado e percebido.
A consciência imatura se encanta com o brilho, mas não procura saber de onde ele vem. Se preocupa em ser amada, mas não sabe a Causa do amor. Conhece tudo, mas não sabe nada!
Cada ação possui uma reação. Essa última impele a consciência a uma nova ação, formando um ciclo aterrador para o tolo!
Esse ciclo só é quebrado com o auxílio de consciências mais maduras, tomadas de compaixão pelos irmãos menores. Por amor, e somente por isso, encarnam para dar o exemplo.
Através desses exemplos, as consciências imaturas terão a oportunidade de perceber a ilusão e, de acordo com o nível de suas experiências, se aproximar dos irmãos mais velhos, através do amadurecimento de si mesmos.
O sábio, ao contrário do tolo, usa o discernimento, e sua discriminação só vai até um certo ponto.
Ele se senta, munido da quietude interior e conduz a mente à lembrança de Brahman.
Nesse caminho percebe o fluxo de sua consciência, e as mazelas do seu ser aparecem.
O sábio discerne tudo o que flui, mas nunca discrimina! Agindo assim, cessa de julgar.
Não julgando, os sentimentos de "Eu e meu" vão se diluindo, dando lugar ao sentimentos de "Seu e todos", pois começa a perceber que tudo é Brahman. Ele passa a buscar a integração.
Essa integração acontece quando o sábio percebe que ele também é um objeto e que o sujeito é o Brahman Absoluto.
Ele, Brahman, é a origem do que você me perguntou, pois Ele é a própria Vida!
A integração e o Universalismo é o Maha Yoga!"
O discípulo junta as mão e humildemente fala: "Bábaji, você tirou a ignorância do meu ser!
Não perderei mais tempo, e com sua instrução e meu viveka mergulharei em meu ser em busca da lembrança perdida!
Eu Sou Brahman!"
Com o sorriso no olhar, o mestre falou: " Vá meu filho! Permeie o seu ser com a Paz no coração e a Luz na consciência!"
- Enki –
São paulo, 01 de janeiro de 2001, às 17h20min.
PS. Humildemente dedico esse texto ao Senhor Shiva, Krishna, Jesus, Buda, Ramakrishna, Vyasa, Sukadeva, Bábaji, Ramatís e tantos outros mestres que muito me esclareceram através de seus ensinamentos.
Agradeço humildemente a todos os meus companheiros e companheiras de estudos espirituais, desta e de outras épocas, pela sua paciência e generosidade para comigo.
* Viveka: Discernimento.
* Maha: (Grande) - Yoga (União).
* Babu: Pai.
* Kumara: criança. Representa a faixa etária que vai de 0 a 6 anos.
* Brahman: O Absoluto, O Todo, Deus.
* Bábaji: Papaizinho. Há também um mestre chamado assim, cuja a história ficou conhecida no excelente livro Autobiografia de um Yogue, de Paramahansa Yogananda.
Certa vez, o discípulo perguntou ao Mestre:
"Babu, qual é a origem e sustentação da reencarnação?"
O mestre olhou compassivo para o discípulo, e falou:
"Meu querido Kumara, a origem é a própria Vida, e a sua sustentação são as carências e os desejos provenientes delas."
"Senhor, não entendo isso." – disse o discípulo.
O mestre parou por um instante e em seguida falou:
"Quando a consciência passa a perceber a si mesma como sujeito e o que há ao redor como objetos e se identifica com eles, começa a sofrer.
Ela passa a descriminar sem discernir. Diz: "Isso é belo! Quero isso ao meu lado!"
Daí nasce o sentimento de "Eu e meu". Por causa desse sentimento a consciência se embrutece, revestida em seus vários envoltórios criados a partir de si mesma, e que possuem funções específicas a fim de desfrutar seus desejos.
Essa carência pode ser comparada à uma criança que chega a um belo lugar e se deslumbra com essa beleza. Ela passa a desejar aquilo que a agradou, e enquanto não conseguir, não sossega. Ela chora, puxa a mão do pai para que ele a atenda... chega a rolar no chão para forçar a realização do desejo!
A consciência recém-criada é como essa criança.
Na ânsia por experimentar seus desejos, age. Ao agir não discerne, discrimina. Dessa maneira emite julgamento. Separa o que é belo do que é feio, o que lhe agrada do que lhe repele.
Assim, desvia a mente do que deve ser investigado e percebido.
A consciência imatura se encanta com o brilho, mas não procura saber de onde ele vem. Se preocupa em ser amada, mas não sabe a Causa do amor. Conhece tudo, mas não sabe nada!
Cada ação possui uma reação. Essa última impele a consciência a uma nova ação, formando um ciclo aterrador para o tolo!
Esse ciclo só é quebrado com o auxílio de consciências mais maduras, tomadas de compaixão pelos irmãos menores. Por amor, e somente por isso, encarnam para dar o exemplo.
Através desses exemplos, as consciências imaturas terão a oportunidade de perceber a ilusão e, de acordo com o nível de suas experiências, se aproximar dos irmãos mais velhos, através do amadurecimento de si mesmos.
O sábio, ao contrário do tolo, usa o discernimento, e sua discriminação só vai até um certo ponto.
Ele se senta, munido da quietude interior e conduz a mente à lembrança de Brahman.
Nesse caminho percebe o fluxo de sua consciência, e as mazelas do seu ser aparecem.
O sábio discerne tudo o que flui, mas nunca discrimina! Agindo assim, cessa de julgar.
Não julgando, os sentimentos de "Eu e meu" vão se diluindo, dando lugar ao sentimentos de "Seu e todos", pois começa a perceber que tudo é Brahman. Ele passa a buscar a integração.
Essa integração acontece quando o sábio percebe que ele também é um objeto e que o sujeito é o Brahman Absoluto.
Ele, Brahman, é a origem do que você me perguntou, pois Ele é a própria Vida!
A integração e o Universalismo é o Maha Yoga!"
O discípulo junta as mão e humildemente fala: "Bábaji, você tirou a ignorância do meu ser!
Não perderei mais tempo, e com sua instrução e meu viveka mergulharei em meu ser em busca da lembrança perdida!
Eu Sou Brahman!"
Com o sorriso no olhar, o mestre falou: " Vá meu filho! Permeie o seu ser com a Paz no coração e a Luz na consciência!"
- Enki –
São paulo, 01 de janeiro de 2001, às 17h20min.
PS. Humildemente dedico esse texto ao Senhor Shiva, Krishna, Jesus, Buda, Ramakrishna, Vyasa, Sukadeva, Bábaji, Ramatís e tantos outros mestres que muito me esclareceram através de seus ensinamentos.
Agradeço humildemente a todos os meus companheiros e companheiras de estudos espirituais, desta e de outras épocas, pela sua paciência e generosidade para comigo.
* Viveka: Discernimento.
* Maha: (Grande) - Yoga (União).
* Babu: Pai.
* Kumara: criança. Representa a faixa etária que vai de 0 a 6 anos.
* Brahman: O Absoluto, O Todo, Deus.
* Bábaji: Papaizinho. Há também um mestre chamado assim, cuja a história ficou conhecida no excelente livro Autobiografia de um Yogue, de Paramahansa Yogananda.