NO SOLO COLO DA TERRA!
- por Maurício Santini -
A Terra se resfria e o mar se levanta, invade e alastra o vírus para toda a humanidade. Nascem os maremotos.
Quem mandou pegar a friagem dos corações sem ardência?
A Terra se resfria e o mar se levanta, invade e alastra o vírus para toda a humanidade. Nascem os maremotos.
Quem mandou pegar a friagem dos corações sem ardência?
A Terra gripa e a coriza forma as enchentes. Foi um golpe de vento que trouxe as bactérias da irresponsabilidade.
Quem mandou o homem jogar o lixo dos seus pensamentos pelas alamedas do seu próprio destino? Entopem os bueiros da alma e vazam suas veias de aflições.
A Terra tem calafrios e treme de frio e de medo. Um tremor de terra sacode o corpo. Vem o terremoto.
Quem mandou as emoções pesadas tomarem conta da raça humana?
A Terra sofre de ansiedade e uma ânsia vem à boca. A Mãe tem enjôos freqüentes e vomita suas esperas pelos filhos pródigos que nunca vêm.
Dá aquele solavanco na barriga e surgem assim os tsunamis.
Jatos e ondas de tristeza varrem as areias. As vidas se afundam na própria inconsciência.
A Terra é alérgica à poeira das idéias mais sórdidas. Brotam as erupções na derme do planeta, os vulcões eclodem suas lavas.
Quem mandou contaminarmos a mente com mentiras?
Os vendavais são sopros ofegantes de uma Terra com falta de ar!
Sobra a ignorância e devasta-se a natureza.
Os temporais são lágrimas de desabafo de uma Terra com falta de fogo divino, de luz, órfã de Pai Sol.
Oh, Pai! Vem a aridez, a secura, o deserto dos corações e a Terra racha sua pele.
Daí surgem as lacunas e as fendas!
Seus cabelos secos queimam-se com a falta de lucidez dos que andam sobre seu couro. E mais uma floresta é crestada, mais folhas jazem pelo chão.
Oh, Mãe quanto tempo mais nos resta para deitar no teu solo colo?
Quantas vezes mais poderemos encostar nossos sonhos sobre teus bancos de areia?
E beber das fontes cândidas do oceano da tua sabedoria?
Mãe-Terra, berço e acalanto!
Embala-me na esperança dos bons ventos.
Nutra-me do leite e do mel da tua doçura.
Deixa-me beijar teu rosto, acarinhar teu corpo, ser teu filho verdadeiro e fiel.
Plantarei árvores da vida pela vida.
Regarei as plantas dos meus pés.
Cultivarei as raízes do bem.
Dançarei na chuva e sentirei o toque sereno das águas nas mãos.
Incensarei os ares com pensamentos mais felizes.
Andarei sobre tuas costas como um viajante de luz.
E assim, ao levar o candeeiro à escuridão, possa ser eu o filho que mais te ama e que se protege na infância; o ser humano que te protege na velhice e o eterno homem grato por você ainda existir!
Benção, Mãe.
- Nota de Wagner Borges:
Mauricio Santini é jornalista, escritor, poeta e espiritualista. É meu amigo há muitos anos, e sempre me emociono com os seus textos brilhantes e cheios de daquele algo a mais que só os grandes escritores e poetas possuem. Para ver outros textos dele, é só entrar em sua coluna na revista on line de nosso site - www.ippb.org.br
Quem mandou o homem jogar o lixo dos seus pensamentos pelas alamedas do seu próprio destino? Entopem os bueiros da alma e vazam suas veias de aflições.
A Terra tem calafrios e treme de frio e de medo. Um tremor de terra sacode o corpo. Vem o terremoto.
Quem mandou as emoções pesadas tomarem conta da raça humana?
A Terra sofre de ansiedade e uma ânsia vem à boca. A Mãe tem enjôos freqüentes e vomita suas esperas pelos filhos pródigos que nunca vêm.
Dá aquele solavanco na barriga e surgem assim os tsunamis.
Jatos e ondas de tristeza varrem as areias. As vidas se afundam na própria inconsciência.
A Terra é alérgica à poeira das idéias mais sórdidas. Brotam as erupções na derme do planeta, os vulcões eclodem suas lavas.
Quem mandou contaminarmos a mente com mentiras?
Os vendavais são sopros ofegantes de uma Terra com falta de ar!
Sobra a ignorância e devasta-se a natureza.
Os temporais são lágrimas de desabafo de uma Terra com falta de fogo divino, de luz, órfã de Pai Sol.
Oh, Pai! Vem a aridez, a secura, o deserto dos corações e a Terra racha sua pele.
Daí surgem as lacunas e as fendas!
Seus cabelos secos queimam-se com a falta de lucidez dos que andam sobre seu couro. E mais uma floresta é crestada, mais folhas jazem pelo chão.
Oh, Mãe quanto tempo mais nos resta para deitar no teu solo colo?
Quantas vezes mais poderemos encostar nossos sonhos sobre teus bancos de areia?
E beber das fontes cândidas do oceano da tua sabedoria?
Mãe-Terra, berço e acalanto!
Embala-me na esperança dos bons ventos.
Nutra-me do leite e do mel da tua doçura.
Deixa-me beijar teu rosto, acarinhar teu corpo, ser teu filho verdadeiro e fiel.
Plantarei árvores da vida pela vida.
Regarei as plantas dos meus pés.
Cultivarei as raízes do bem.
Dançarei na chuva e sentirei o toque sereno das águas nas mãos.
Incensarei os ares com pensamentos mais felizes.
Andarei sobre tuas costas como um viajante de luz.
E assim, ao levar o candeeiro à escuridão, possa ser eu o filho que mais te ama e que se protege na infância; o ser humano que te protege na velhice e o eterno homem grato por você ainda existir!
Benção, Mãe.
- Nota de Wagner Borges:
Mauricio Santini é jornalista, escritor, poeta e espiritualista. É meu amigo há muitos anos, e sempre me emociono com os seus textos brilhantes e cheios de daquele algo a mais que só os grandes escritores e poetas possuem. Para ver outros textos dele, é só entrar em sua coluna na revista on line de nosso site - www.ippb.org.br