OBSESSÃO VIRTUAL - A MAIS NOVA MODALIDADE DE ASSÉDIO PSÍQUICO
- Por Mauricio Santini - Hoje eu despertei com uma idéia em bloco vinda dos amigos invisíveis. A mais nova sensação do astral inferior é uma modalidade apelidada de Obsessão Virtual. Simples. Antes, os principais instrumentos obsessivos eram os desejos desenfreados, isto é, sexo como combustível à sacanagem, o consumo exagerado do álcool e de drogas, o tabagismo, a avidez pelo poder e pelo dinheiro, entre uma vastidão de possibilidades. Era, e ainda é, comum ver, digo aos mais clarividentes, alguns verdadeiros “encostos” e sanguessugas grudados em bêbados e mendigos. Normal era, e ainda é, notar as entidades vampirescas de energia sexual coladas às auras das ninfomaníacas e dos tarados. E uma alcatéia de lobos ao redor de políticos e empresários inescrupulosos.
Atualmente, e digo isso de carteirinha, os irmãos umbralinos (leia-se, moradores do baixo astral), apostam numa novidade alvissareira para eles: a obsessão virtual. Estes homens sombrios se alimentam da possessão e do controle dos outros. Isso quer dizer que, emoções danosas como ciúmes, baixa estima, inveja, entre outros drinques infernais, são sorvidos pelos internautas das sombras mal intencionados. Aquela conversinha despretensiosa do MSN pode virar uma bela arrancada para uma grande façanha do astral inferior. O sexo virtual, que nada mais é que um encontro com um desejo escondido e instintivo, é um portal para desgastar a energia criativa e criadora do sexo. O orkut, onde colocamos, ingenuamente, nossos álbuns, fotos de pessoas queridas, nossa rede de relacionamento e até os nossos momentos íntimos, serve de painel de controle de espíritos perversos que têm como meta principal a briga, a injúria, a calúnia e o desacordo entre as pessoas. Quem de nós nunca foi prejudicado por um destes instrumentos? Agora mesmo, enquanto eu escrevia este texto, (pasmem!), meu computador desligou abruptamente, mas eu, prudentemente, havia salvo o arquivo. Na minha vida virtual eu já tive incidentes que marcaram com pesar a minha vida. Já fui roubado três vezes pela Internet (senhas dos bancos foram clonadas), já perdi emprego por causa de arquivos gravados no MSN, já tive a minha vida devassada e perdi, injustamente, namoro e relacionamentos. Perdi a vontade de amar na vida real. Também encontrei amigos, estreitei relações e fiz negócios. O computador é meu instrumento de trabalho e sem ele, este texto não poderia ser escrito. Entretanto, é bom que as pessoas comecem a questionar o que devem ou não colocar na rede. Então vai aqui um conselho amigo de uma pessoa que sofreu e ainda sofre com assédios reais e virtuais: ninguém precisa saber das suas vidas pessoais, nem mesmo seus amigos. Evite colocar suas fotos e dos seus queridos, não informem seus dados particulares, não adicionem pessoas que não conheçam ou confiam plenamente. Usem o computador para pesquisar, mandar mensagens e conversar, entretanto sejam discretos e jamais se exponham. Desconfiem de tudo. Por final, orai e vigiai sempre! A Internet deve ser um meio de comunicação e não de vida. O recado está dado. Vivam mais e naveguem menos. São Paulo, 10 de dezembro de 2008.
- Nota de Wagner Borges: Mauricio Santini é jornalista, escritor, poeta e espiritualista. É meu amigo há muitos anos, e sempre me emociono com os seus textos brilhantes e cheios daquele algo a mais que só os grandes escritores e poetas possuem. Para ver outros textos dele, é só entrar em sua coluna na revista on line de nosso site - www.ippb.org.br.
- Nota de Wagner Borges: Mauricio Santini é jornalista, escritor, poeta e espiritualista. É meu amigo há muitos anos, e sempre me emociono com os seus textos brilhantes e cheios daquele algo a mais que só os grandes escritores e poetas possuem. Para ver outros textos dele, é só entrar em sua coluna na revista on line de nosso site - www.ippb.org.br.