INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TELEPATIA - Parte I

(Folhas do Outono)

Fenômenos tais como Telepatia, Vidência, Clarividência, ou ainda Imposição de Mãos com transferência de energia para ajudar doentes, têm sido observados através da História da Humanidade.

Telepatia é o fenômeno que evidencia a possibilidade de comunicação entre dois cérebros a distancia. Demonstramos com mais facilidade essa possibilidade quando as pessoas estão próximas, permitindo aferir os resultados de imediato. Nesse caso o fenômeno é atribuído a uma maior sensibilidade e denominamos Hiperestesia. Essa maior sensibilidade talvez seja mais própria da Zona Psicovisual da Área Visual, situada no Lobo Occipital do nosso Cérebro. Quando se trata de percepção de sons de modo subjetivo, própria da zona Psicoauditiva, denominamos clariaudientes. Na zona Psicotáctil naqueles que sentem sensações desta natureza, denominamos sensitivos.

Denominamos Vidência quando essa comunicação se faz pela transmissão de uma Imagem, sem detalhes anexos que permitam estabelecer um contexto de imediato.

Clarividência se estabelece quando a comunicação é feita por imagem, que além de ser clara, nítida, circunstanciada, mostra detalhes do ambiente e, muitas vezes, pessoas em movimento e até a presença de animais de estimação.

Muitas pessoas, ao que parece até 25% de uma amostra de população, não conseguem perceber imagens e outras têm dificuldade mesmo de visualizar e de imaginar. Neste caso, percebem por idéias que fluem com uma certa facilidade. São os Intuitivos Verbais que ao relatar têm a impressão de que estão inventando tudo, mas, no entanto é a expressão de uma realidade válida.

Pesquisando esses assuntos de maneira mais ampla, verificamos que os fenômenos relatados poderão ser observados em todos os povos - dos naturais da Patagônia aos esquimós no Ártico. Dos africanos do Sul da África aos europeus da Escandinávia. Em todos os povos da Ásia e do Oriente Médio, notadamente entre tibetanos, hindus, polinésios e havaianos, sem esquecer os sensíveis aborígenes da Austrália.

Em cada povo, ou região do globo terrestre, observamos a existência de um ou mais grupos culturais. Cada grupo cultural tem sua psico-religiosidade própria, além de seus costumes e hábitos. Assim, cada cultura associa os fenômenos com sua psico-religiosidade. Considere-se ainda os grupos que, com ou sem religiosidade, consideram esses fenômenos como parte de uma "magia", manifestando uma certa independência em relação a normas, princípios, dogmas e rituais, prevalecendo o "quem sabe faz" e fugindo do: "quem não sabe quer ensinar e quer mandar".

Assim como cada liderança política trata de estabelecer suas leis de governo, cada liderança religiosa estabelece princípios, normas e rituais de adoração. Como conseqüência disso, temos pelo menos 400 religiões a serem consideradas como a institucionalização da existência de Deus por parte do homem, cada qual com teologia própria. Destas, quatro são entendidas como Grandes Religiões devido o grande número de adeptos: Budismo, Islamismo, Hinduismo e Cristianismo. No Cristianismo há pelo menos 1780 seitas, fora as Ordens Religiosas com suas normas particulares, bem como os tipos de Igrejas, cada qual com seus Estatutos. Considere-se o aumento do número das seitas neste último século, cada uma com novas idéias, novos interesses, novos enfoques e novas maneiras de encarar os Evangelhos de Nosso Senhor Jesus, O Cristo...

Em todas as religiões e seitas, é possível encontrar pessoas com as faculdades acima mencionadas no primeiro parágrafo, de modo que é possível concluir que tais faculdades psíquicas independem do tipo de religião, ou da seita professada, convencional, ou não Convencional, "Renovada", "Não-Renovada", ou ainda independem do tipo de explicação dada ou do tipo de disciplina adotada quando se trata de sociedades místicas e ou esotéricas.

- Professor Alberto Dias - Atibaia, 4 de setembro de 2002.

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