ALMA DE GUERREIRO
O ataque é iminente.
Os cavalos dos milhares de homens brancos pisam
A Mãe Terra com força.
Sinto uma raiva, rancor, mágoa e ódio nos corações desses
Homens que atravessaram as águas.
Fecho os olhos e pergunto ao Grande Espírito
O porquê de tamanha ganância.
Eles querem roubar nossas terras.
Querem matar nossos animais.
Sinto os búfalos ficarem agitados quando eles se aproximam.
Sinto os lobos ficarem opressos.
Sinto a águia voar para longe deles.
Sinto a floresta triste.
Sinto o meu coração preocupado.
Há gerações estamos de bem com a Mãe Natureza.
Nossos filhos nascem e morrem de acordo com os ditames
Naturais e sábios de nosso meio de vida.
As árvores sabem que as respeitamos.
Não as derrubamos por violência.
As águas vêm até nossas bocas e alimentam nossos corpos.
Não colocamos mercúrio nelas.
O nosso ar é amigo. Não falamos palavras que respingam
Nele e atacam os semelhantes.
Andamos na floresta pisando macio...
A Irmã Neve acaricia nossos passos e oramos para ela.
A Irmã Coruja faz uma música para mim e acordo,
Neste momento...
Vejo meu irmãos guerreiros, com respeito ao inimigo,
Indo para a batalha.
Sabemos que vamos voltar para Wankan Tanka, pois fomos
Avisados por Ele que as terras confiadas a nós por Ele
Seriam agora confiadas aos brancos.
Uno-me aos meus irmãos Sioux , Dakota, Peles-Vermelhas
E de outras valorosas tribos e, com minha machadinha e arco e flecha, corro em direção do campo de batalha...
Um tiro pega meu coração e caio como uma árvore velha ao chão...
Saio do corpo e vejo meus irmãos lutando bravamente.
Não sinto, na maioria, ódio nem sentimentos muito pesados.
Agora, na esfera do Astral, posso ver melhor.
São almas bonitas e valorosas.
Todas querendo aprender.
Beijo meu cadáver e agradeço a ele por tudo.
Vejo muitos brancos fora do corpo, confusos e com muito medo.
Aproximo-me e projeto uma faixa de ondas violetas...
Sinto que eles estão começando a dormir...
Alguns resistem e falo para terem confiança no Grande Espírito,
Criador de brancos e índios... de todos.
Ligando-me a todos eles, com ajuda de meus irmãos nativos também desencarnados, levamos a todos para o centro da
Grande Floresta Sagrada.
Lá fazemos uma grande fogueira, com o poder
De nossos pensamentos.
Suas almas começam a purgar seus equívocos,
Até que possam ir pessoalmente falar com o Grande Espírito.
Volto para o campo de batalha e observo que, praticamente,
Todos foram dizimados. Vejo seus corpos perfurados de bala.
Uma lágrima sai de meus olhos.
Mas não condeno os brancos, pois sei que todos estamos
Aprendendo nos corpos físicos densos.
Vou até a tribo e vejo que mulheres e crianças foram violentadas.
Vejo muitos de seus corpos jogados em penhascos próximos.
Vejo os corpos dos velhos mutilados.
Vejo os animais sagrados mortos, assassinados e queimados.
Orando ao Grande Espírito sou levado até os céus.
Lá comprovo que todos somos irmãos, brancos e índios.
Choramos juntos e nos perdoamos mutuamente.
E me preparo para uma nova reencarnação...
- Washington da Silva -
Os cavalos dos milhares de homens brancos pisam
A Mãe Terra com força.
Sinto uma raiva, rancor, mágoa e ódio nos corações desses
Homens que atravessaram as águas.
Fecho os olhos e pergunto ao Grande Espírito
O porquê de tamanha ganância.
Eles querem roubar nossas terras.
Querem matar nossos animais.
Sinto os búfalos ficarem agitados quando eles se aproximam.
Sinto os lobos ficarem opressos.
Sinto a águia voar para longe deles.
Sinto a floresta triste.
Sinto o meu coração preocupado.
Há gerações estamos de bem com a Mãe Natureza.
Nossos filhos nascem e morrem de acordo com os ditames
Naturais e sábios de nosso meio de vida.
As árvores sabem que as respeitamos.
Não as derrubamos por violência.
As águas vêm até nossas bocas e alimentam nossos corpos.
Não colocamos mercúrio nelas.
O nosso ar é amigo. Não falamos palavras que respingam
Nele e atacam os semelhantes.
Andamos na floresta pisando macio...
A Irmã Neve acaricia nossos passos e oramos para ela.
A Irmã Coruja faz uma música para mim e acordo,
Neste momento...
Vejo meu irmãos guerreiros, com respeito ao inimigo,
Indo para a batalha.
Sabemos que vamos voltar para Wankan Tanka, pois fomos
Avisados por Ele que as terras confiadas a nós por Ele
Seriam agora confiadas aos brancos.
Uno-me aos meus irmãos Sioux , Dakota, Peles-Vermelhas
E de outras valorosas tribos e, com minha machadinha e arco e flecha, corro em direção do campo de batalha...
Um tiro pega meu coração e caio como uma árvore velha ao chão...
Saio do corpo e vejo meus irmãos lutando bravamente.
Não sinto, na maioria, ódio nem sentimentos muito pesados.
Agora, na esfera do Astral, posso ver melhor.
São almas bonitas e valorosas.
Todas querendo aprender.
Beijo meu cadáver e agradeço a ele por tudo.
Vejo muitos brancos fora do corpo, confusos e com muito medo.
Aproximo-me e projeto uma faixa de ondas violetas...
Sinto que eles estão começando a dormir...
Alguns resistem e falo para terem confiança no Grande Espírito,
Criador de brancos e índios... de todos.
Ligando-me a todos eles, com ajuda de meus irmãos nativos também desencarnados, levamos a todos para o centro da
Grande Floresta Sagrada.
Lá fazemos uma grande fogueira, com o poder
De nossos pensamentos.
Suas almas começam a purgar seus equívocos,
Até que possam ir pessoalmente falar com o Grande Espírito.
Volto para o campo de batalha e observo que, praticamente,
Todos foram dizimados. Vejo seus corpos perfurados de bala.
Uma lágrima sai de meus olhos.
Mas não condeno os brancos, pois sei que todos estamos
Aprendendo nos corpos físicos densos.
Vou até a tribo e vejo que mulheres e crianças foram violentadas.
Vejo muitos de seus corpos jogados em penhascos próximos.
Vejo os corpos dos velhos mutilados.
Vejo os animais sagrados mortos, assassinados e queimados.
Orando ao Grande Espírito sou levado até os céus.
Lá comprovo que todos somos irmãos, brancos e índios.
Choramos juntos e nos perdoamos mutuamente.
E me preparo para uma nova reencarnação...
- Washington da Silva -