COMO NÃO SE TORNAR UM OBSESSOR
Por que muitos espíritos chegam a passar séculos como escravos do ódio e da ignorância, formando grandes falanges em busca de vingança?
- Por Wagner Borges -
- Por Wagner Borges -
Muitas pessoas perguntam por que existem tantos espíritos desencarnados apegados ao pIano físico ou envolvidos em tramas obsessivas. A explicação para isso é uma das mais simples: a morte não muda ninguém. O desencarnado de hoje é aquele mesmo que estava encarnado ontem. Extrafisicamente, ele é o reflexo exato daquilo que manifestava no plano físico.
A morte não transforma a pessoa tacanha em um “gênio do além" e nem o desequilibrado emocional num anjo sideral. Depois dela, a pessoa é, literalmente a mesma que era antes de desencarnar, nem mais, nem menos. É a mesma consciência, com os mesmos pensamentos e desejos de antes, apenas foi finalmente ejetada do corpo. É o que foi em vida terrestre.
Para entendermos bem a mecânica desse processo, basta observarmos o que a maioria das pessoas busca na existência terrena. Se a criatura procura desejos baixos na vida, é óbvio que seu corpo espiritual também manifestará energias de baixo nível. É por isso que encontramos tantos desencarnados em estado lastimável após a morte, pois já eram assim em vida, buscando objetivos grosseiros. Como dizia Léon Denis, "a morte não nos muda e, no além, somos apenas o que nos tornamos neste mundo, daí a inferioridade de tantos seres desencarnados".
Existem muitos relatos antigos que se referem à influência nefasta dos espíritos negativos sobre as pessoas. Dependendo da época, do povo e da cultura vigente, a denominação desses espíritos variava: espíritos trevosos, almas penadas, fantasmas, espíritos inferiores, espíritos apegados, espectros malignos, demônios etc.
Paulo de Tarso, o grande apóstolo cristão, sabia bastante sobre a ação desses espíritos infelizes, pois sofreu muitos assédios espirituais durante sua missão de espalhar os ideais cristãos. Por isso, no capítulo 6, versículo 12, de Efésios, ele escreveu o seguinte: !!Porque nós não temos de lutar contra o sangue e a carne, isto é, as paixões vulgares, mas contra os principados e protestados, os governadores das trevas deste mundo, os espíritos da maldade nos ares".
Porfírio, grande iniciado espiritualista da Antigüidade, também se referiu ao assunto no capítulo 11 de Des Sacrifices: "A alma, mesmo depois da morte física, permanece ligada ao corpo por uma estranha ternura e uma afinidade tanto maior quanto mais bruscamente essa essência houver sido separada de seu envoltório. Vemos almas em grande número voltear, desorientadas, ao redor de seus restos terrestres. Ainda mais, vemo-las procurar com diligência os despojos de cadáveres estranhos e, acima de tudo, o sangue fresco derramado, cujo vapor parece lhes restituir, por alguns instantes, certas faculdades da vida. Assim, os feiticeiros abusam dessa noção no exercício de sua arte. Nenhum ignora como evocar as almas à força, obrigando-as a aparecerem seja agindo sobre os restos do corpo que deixaram, seja invocando-as no vapor do sangue derramado".
Em A Chave da Alquimia, Paracelso, pseudônimo de Theophrastus Bombastus von Hohenheim, o grande alquimista e ocultista do século XVI, escreveu o seguinte: !!Vamos conhecer agora a maneira como os espíritos podem nos prejudicar. Se desejamos com toda a nossa vontade (plena voluntas) o mal de outra pessoa, esse desejo que está em nós acaba conseguindo uma verdadeira criação no espírito, impelindo-o a lutar contra o lado da pessoa que queremos ferir. Então, se este espírito é perverso, mesmo que o corpo correspondente não seja, acaba deixando nele (o corpo) uma marca de para ou sofrimento de natureza espiritual em sua origem, ainda que seja corporal em algumas de suas manifestações". E complementou: "Quando os espíritos travam essas lutas, acaba vencendo aquele que pôs mais ardor e veemência no combate. Segundo essa teoria, devem compreender que se produzirão feridas e outras doenças não corporais em tais contendas e, por conseguinte, toda uma série de padecimentos do corpo pode começar desta maneira, desenvolvendo-se, em seguida, conforme a substância espiritual".
A partir do surgimento do Espiritismo com Allan Kardec, pseudônimo de Leon Hypolite Denizard Rivail, e de O Livro dos Espíritos, em 1857, esses espíritos negativos passaram a ser denominados "obsessores espirituais" ou "espíritos atrasados". Na verdade, esses espíritos deveriam ser chamados de "enfermos extrafísicos" ou "doentes desencarnados", pois seu desequilíbrio é tão grande que os leva à obsessão e à loucura espiritual. Infelizmente, esse desarranjo acaba levando esses espíritos a se anexarem às auras das vítimas incautas, que os atraem devido à sintonia espiritual, mental, emocional ou energética que manifestam. Nesse ponto, não custa nada lembrarmos do velho axioma espiritualista: "Um semelhante atrai outro semelhante".
Considerando as dificuldades dos espíritos ligados à Terra, podemos classificá-las em apego psicológico, apego energético e apego psicológico e energético. As causas disso podem ser variadas. O grande pesquisador inglês Robert Crookall as classificou da seguinte maneira:
- A atenção desses espíritos continua dirigida para as questões físicas;
- Prevalece neles a necessidade de terem sensações grosseiras;
- Suas repetidas afirmações, atuando como sugestões pós-hipnóticas, de que não existe outro mundo além do físico tornam difícil para eles aceitarem a existência de alguma coisa além da morte;
- Alguns desses espíritos são turrões por causa de sua absoluta estupidez, obstinação e desinteresse em aprender;
- Falta determinação para seguir em frente, na direção de outras dimensões espirituais superiores.
Podemos acrescentar, ainda, mais duas situações que desequilibram muitos espíritos: um corpo espiritual muito denso, por causa do desequilíbrio espiritual, mental, emocional ou energético durante a vida física, e energias remanescentes do duplo etérico, campo energético do corpo humano, aderidas ao corpo espiritual, mantendo-o, então, bastante denso e apegado energeticamente ao plano físico.
Em vista de tudo isso e para que manifestemos um bom nível de consciência na vida, ficando protegidos de influências espirituais negativas e, principalmente, não nos tornando um obsessor, é necessário que direcionemos os nossos esforços para adquirir quatro coisas imprescindíveis na vida:
- Discernimento na mente, para entendermos as coisas e buscarmos objetivos claros. Nesse aspecto, a leitura espiritualista, a meditação e a reflexão serena são ótimos aliados em nosso caminho terreno;
- Compaixão no coração, para compreendermos os outros e ajudarmos a todos. Perdão, paciência e boa vontade são as palavras de ordem para quem quer ser útil à vida. Sabemos que, na prática, é muito difícil ser assim, mas também que estamos aprendendo e evoluindo. O próprio fato de estarmos estudando esses assuntos já é um bom passo em direção à melhoria de todos nós;
- Energias salutares na aura, para irradiarmos luz ao mundo e para expressarmos a plenitude de nossas capacidades anímico-mediúnicas na vida. Precisamos ter uma aura forte, limpa e colorida, com chacras vibrantes;
- Elevado nível de ética (cosmoética), para que não julguemos e, tampouco, condenemos os outros. A técnica de como fazer isso é simples: se observarmos os nossos defeitos com mais atenção e menos orgulho, sem dúvida que não sobrará tempo para observarmos os erros dos outros. Precisamos prestar atenção nas coisas que são positivas. Quanto às que são negativas, ouçamos o conselho de nosso bom amigo espiritual André Luiz: "Sigamos o que for correto e sensato. O que não for, tenhamos paciência e compreensão, sabendo que a previdência divina é magnânima e, no devido momento, impulsionará a tudo e a todos na direção certa, para o bem maior".
A morte não transforma a pessoa tacanha em um “gênio do além" e nem o desequilibrado emocional num anjo sideral. Depois dela, a pessoa é, literalmente a mesma que era antes de desencarnar, nem mais, nem menos. É a mesma consciência, com os mesmos pensamentos e desejos de antes, apenas foi finalmente ejetada do corpo. É o que foi em vida terrestre.
Para entendermos bem a mecânica desse processo, basta observarmos o que a maioria das pessoas busca na existência terrena. Se a criatura procura desejos baixos na vida, é óbvio que seu corpo espiritual também manifestará energias de baixo nível. É por isso que encontramos tantos desencarnados em estado lastimável após a morte, pois já eram assim em vida, buscando objetivos grosseiros. Como dizia Léon Denis, "a morte não nos muda e, no além, somos apenas o que nos tornamos neste mundo, daí a inferioridade de tantos seres desencarnados".
Existem muitos relatos antigos que se referem à influência nefasta dos espíritos negativos sobre as pessoas. Dependendo da época, do povo e da cultura vigente, a denominação desses espíritos variava: espíritos trevosos, almas penadas, fantasmas, espíritos inferiores, espíritos apegados, espectros malignos, demônios etc.
Paulo de Tarso, o grande apóstolo cristão, sabia bastante sobre a ação desses espíritos infelizes, pois sofreu muitos assédios espirituais durante sua missão de espalhar os ideais cristãos. Por isso, no capítulo 6, versículo 12, de Efésios, ele escreveu o seguinte: !!Porque nós não temos de lutar contra o sangue e a carne, isto é, as paixões vulgares, mas contra os principados e protestados, os governadores das trevas deste mundo, os espíritos da maldade nos ares".
Porfírio, grande iniciado espiritualista da Antigüidade, também se referiu ao assunto no capítulo 11 de Des Sacrifices: "A alma, mesmo depois da morte física, permanece ligada ao corpo por uma estranha ternura e uma afinidade tanto maior quanto mais bruscamente essa essência houver sido separada de seu envoltório. Vemos almas em grande número voltear, desorientadas, ao redor de seus restos terrestres. Ainda mais, vemo-las procurar com diligência os despojos de cadáveres estranhos e, acima de tudo, o sangue fresco derramado, cujo vapor parece lhes restituir, por alguns instantes, certas faculdades da vida. Assim, os feiticeiros abusam dessa noção no exercício de sua arte. Nenhum ignora como evocar as almas à força, obrigando-as a aparecerem seja agindo sobre os restos do corpo que deixaram, seja invocando-as no vapor do sangue derramado".
Em A Chave da Alquimia, Paracelso, pseudônimo de Theophrastus Bombastus von Hohenheim, o grande alquimista e ocultista do século XVI, escreveu o seguinte: !!Vamos conhecer agora a maneira como os espíritos podem nos prejudicar. Se desejamos com toda a nossa vontade (plena voluntas) o mal de outra pessoa, esse desejo que está em nós acaba conseguindo uma verdadeira criação no espírito, impelindo-o a lutar contra o lado da pessoa que queremos ferir. Então, se este espírito é perverso, mesmo que o corpo correspondente não seja, acaba deixando nele (o corpo) uma marca de para ou sofrimento de natureza espiritual em sua origem, ainda que seja corporal em algumas de suas manifestações". E complementou: "Quando os espíritos travam essas lutas, acaba vencendo aquele que pôs mais ardor e veemência no combate. Segundo essa teoria, devem compreender que se produzirão feridas e outras doenças não corporais em tais contendas e, por conseguinte, toda uma série de padecimentos do corpo pode começar desta maneira, desenvolvendo-se, em seguida, conforme a substância espiritual".
A partir do surgimento do Espiritismo com Allan Kardec, pseudônimo de Leon Hypolite Denizard Rivail, e de O Livro dos Espíritos, em 1857, esses espíritos negativos passaram a ser denominados "obsessores espirituais" ou "espíritos atrasados". Na verdade, esses espíritos deveriam ser chamados de "enfermos extrafísicos" ou "doentes desencarnados", pois seu desequilíbrio é tão grande que os leva à obsessão e à loucura espiritual. Infelizmente, esse desarranjo acaba levando esses espíritos a se anexarem às auras das vítimas incautas, que os atraem devido à sintonia espiritual, mental, emocional ou energética que manifestam. Nesse ponto, não custa nada lembrarmos do velho axioma espiritualista: "Um semelhante atrai outro semelhante".
Considerando as dificuldades dos espíritos ligados à Terra, podemos classificá-las em apego psicológico, apego energético e apego psicológico e energético. As causas disso podem ser variadas. O grande pesquisador inglês Robert Crookall as classificou da seguinte maneira:
- A atenção desses espíritos continua dirigida para as questões físicas;
- Prevalece neles a necessidade de terem sensações grosseiras;
- Suas repetidas afirmações, atuando como sugestões pós-hipnóticas, de que não existe outro mundo além do físico tornam difícil para eles aceitarem a existência de alguma coisa além da morte;
- Alguns desses espíritos são turrões por causa de sua absoluta estupidez, obstinação e desinteresse em aprender;
- Falta determinação para seguir em frente, na direção de outras dimensões espirituais superiores.
Podemos acrescentar, ainda, mais duas situações que desequilibram muitos espíritos: um corpo espiritual muito denso, por causa do desequilíbrio espiritual, mental, emocional ou energético durante a vida física, e energias remanescentes do duplo etérico, campo energético do corpo humano, aderidas ao corpo espiritual, mantendo-o, então, bastante denso e apegado energeticamente ao plano físico.
Em vista de tudo isso e para que manifestemos um bom nível de consciência na vida, ficando protegidos de influências espirituais negativas e, principalmente, não nos tornando um obsessor, é necessário que direcionemos os nossos esforços para adquirir quatro coisas imprescindíveis na vida:
- Discernimento na mente, para entendermos as coisas e buscarmos objetivos claros. Nesse aspecto, a leitura espiritualista, a meditação e a reflexão serena são ótimos aliados em nosso caminho terreno;
- Compaixão no coração, para compreendermos os outros e ajudarmos a todos. Perdão, paciência e boa vontade são as palavras de ordem para quem quer ser útil à vida. Sabemos que, na prática, é muito difícil ser assim, mas também que estamos aprendendo e evoluindo. O próprio fato de estarmos estudando esses assuntos já é um bom passo em direção à melhoria de todos nós;
- Energias salutares na aura, para irradiarmos luz ao mundo e para expressarmos a plenitude de nossas capacidades anímico-mediúnicas na vida. Precisamos ter uma aura forte, limpa e colorida, com chacras vibrantes;
- Elevado nível de ética (cosmoética), para que não julguemos e, tampouco, condenemos os outros. A técnica de como fazer isso é simples: se observarmos os nossos defeitos com mais atenção e menos orgulho, sem dúvida que não sobrará tempo para observarmos os erros dos outros. Precisamos prestar atenção nas coisas que são positivas. Quanto às que são negativas, ouçamos o conselho de nosso bom amigo espiritual André Luiz: "Sigamos o que for correto e sensato. O que não for, tenhamos paciência e compreensão, sabendo que a previdência divina é magnânima e, no devido momento, impulsionará a tudo e a todos na direção certa, para o bem maior".