ACALANTO

Quantas vezes vossas lágrimas chegaram até nós, mas quantas gotas de dor de nossos olhos escorreram sem que vós percebêsseis nosso amor!

Quantas vezes abraçamos vosso espírito, acalentando vossos pedidos, desde o berço onde cada mãe ninava vossos sonhos. Mas quantas vezes pudemos ser abraçados pelo vosso sorriso de reconhecimento?

Gostaríamos que vós percebêsseis além da presença na ausência do corpo!
Gostaríamos que não houvesse dúvidas na escuridão de vosso quarto, enquanto estamos abençoando vossa cama!

Quantas vezes, pelos vossos sussurros de tristeza, acariciamos vosso semblante enquanto vós apunhaláveis a Deus com vossas injúrias!

Quantas vezes caluniastes o Pai! Do primeiro tombo à última ferida!

Oh, Criador Universal mal amado por vossos filhos!

Perdoai-nos! Pois o verdadeiro perdão não alavancou nossa alma!

O escuro não é o escuro!

O silêncio não está em silêncio!

Nossa voz grita de amor aos vossos ouvidos ensurdecidos, enquanto a natureza nos ouve e balança suas folhas em louvor ao nosso trabalho!

Em todo Universo particular de sóis recém-acessos, de estrelas super novas e de astros recentes de lucidez espontânea, ecoa o singelo nome do amparo!

Oh, Onipotência!

Oh, Onipresença infinita!

Cuidai da criação amada!

Oh, filhos do medo e da dúvida!

Despertai do sono profundo da ignorância e amai!

Amai toda humanidade como amais vossos filhos!

Amai cada momento como o derradeiro!

E estendei vossos braços aos próximos e distantes, para que se aproximem de vós.

Colocai-vos no colo de Cristo!

E recebai vosso acalanto!


- Vossos Amparadores -
(Recebido espiritualmente por Maurício Santini - São Paulo, 01 de maio de 1998.)

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