AS ESTRELAS

Todas as estrelas são minha amigas!
E eu posso contemplá-las
das dunas do meu peito ainda tão deserto...
Pois que cintila, à meia luz,
o espetáculo destes múltiplos versos.
As contas e as gotas de luz
vão salpicadas na mansidão do meu peito.
Que agora se faz constelação
quando eu penso em Ti, meu Senhor!
Quando brilha o ouro da minha fé,
E quando eu tenho certeza que sou uno com o verso!

Meu Pai joga suas pétalas no jardim da criação.
E o resultado disso tudo, somos nós!
O menino que conta as estrelas e perde a conta nos dedos,
Sem se dar conta que conta a si mesmo...
Todas as estrelas são minhas amigas!
E eu posso dançar com elas.

Somos passistas e bailamos sob a música do silêncio!
Escuta! Escuta! Escuta a voz do silêncio.
E dança, dança, dança...
Canta em ti as notas da Sublime Melodia.
Eu nunca estou só.

As estrelas são minhas amigas.
O meu corpo é um ninho delas.
À noite, quando me deito, penso no céu.
E vou ao encontro delas...

E assim sou feliz abraçado aos seus corpos
E fazemos amor.
E desta maneira, nasce o Universo em mim!


- Mauricio Santini - São Paulo, 26 de agosto de 2003.


(Poema dedicado ao célebre poeta hindu Rabindranath Tagore)

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