ETERNO BLUES
- Por Maurício Santini -
Hoje, os filhos de New Orleans cantarão seus últimos blues.
Serão cânticos de repulsa ao vento, sons de notas tristes e enlamaçadas.
Hoje as águas do Mississipi choram suas lágrimas mais turvas.
E o lodo mancha o branco das canções tão negras.
Hoje, os filhos de New Orleans cantarão seus últimos blues.
Serão cânticos de repulsa ao vento, sons de notas tristes e enlamaçadas.
Hoje as águas do Mississipi choram suas lágrimas mais turvas.
E o lodo mancha o branco das canções tão negras.
Hoje, um silêncio sepulcral se abate sobre a cidade.
São lamentos que só o blues sabe entoar de dor.
Hoje, o canto tristonho das sereias improvisadas tomou Louisiana.
E o vendaval do destino assoviou sua melodia mais infame.
Hoje não se sabe se haverá amanhã.
Mas há sempre um Mississipi em luz que abarca os homens e os resgata do
fundo das ruas.
Podem-se ouvir os sons das trombetas e dos saxofones.
Que tocam o coração dos homens como um sopro divino e azul.
Há sempre uma New Orleans que jamais está submersa.
E que acalanta e recebe seus filhos aos primeiros acordes da manhã.
Mesmo depois da tempestade e dos vendavais.
Lá nunca jaz a melodia.
Lá se toca o júbilo do eterno blues.
O blues do eterno recomeço...
P.S.: Em conforto aos habitantes de New Orleans, que sofreram os efeitos do furacão Katrina, em agosto de 2005.
Nota de Wagner Borges: Mauricio Santini é jornalista, escritor, poeta e espiritualista. É meu amigo há muitos anos, e sempre me emociono com os seus textos brilhantes e cheios daquele algo a mais que só os grandes escritores e poetas possuem. Para ver outros textos dele, basta entrar em sua coluna na revista on line de nosso site - www.ippb.org.br
São lamentos que só o blues sabe entoar de dor.
Hoje, o canto tristonho das sereias improvisadas tomou Louisiana.
E o vendaval do destino assoviou sua melodia mais infame.
Hoje não se sabe se haverá amanhã.
Mas há sempre um Mississipi em luz que abarca os homens e os resgata do
fundo das ruas.
Podem-se ouvir os sons das trombetas e dos saxofones.
Que tocam o coração dos homens como um sopro divino e azul.
Há sempre uma New Orleans que jamais está submersa.
E que acalanta e recebe seus filhos aos primeiros acordes da manhã.
Mesmo depois da tempestade e dos vendavais.
Lá nunca jaz a melodia.
Lá se toca o júbilo do eterno blues.
O blues do eterno recomeço...
P.S.: Em conforto aos habitantes de New Orleans, que sofreram os efeitos do furacão Katrina, em agosto de 2005.
Nota de Wagner Borges: Mauricio Santini é jornalista, escritor, poeta e espiritualista. É meu amigo há muitos anos, e sempre me emociono com os seus textos brilhantes e cheios daquele algo a mais que só os grandes escritores e poetas possuem. Para ver outros textos dele, basta entrar em sua coluna na revista on line de nosso site - www.ippb.org.br