ONDAS GIGANTES DO OCEANO CÓSMICO
(Uma Menção à Ação dos Tsunamis)
- Por Maurício Santini -
Ouve.
Ouve o canto tristonho das sereias...
Elas choram as lágrimas de um oceano revolto.
Choram pelos homens e pelos peixes.
Choram pelos seixos e pelas conchas perdidas.
Que a natureza invadiu os homens, e as ondas se agigantaram com a pequenez dos gestos humanos.
- Por Maurício Santini -
Ouve.
Ouve o canto tristonho das sereias...
Elas choram as lágrimas de um oceano revolto.
Choram pelos homens e pelos peixes.
Choram pelos seixos e pelas conchas perdidas.
Que a natureza invadiu os homens, e as ondas se agigantaram com a pequenez dos gestos humanos.
Escuta!
Escuta o lamento das ondinas e o sonar quase choroso dos golfinhos.
Que o sertão virou mar, e o mar virou o sertão árido dos peitos desertos.
O homem assalta o mar e mata as baleias com seu arpão de sombras.
O homem picha os rios com as tintas da sua ignorância.
O homem ateia fogo na floresta e cresta o que nos resta.
Perde-se na selva da sua inconsciência.
Mata a mata.
Seqüestra os bichos e os engole em nacos podres.
Polui o ar com as idéias de uma pseudo-evolução.
E uma densa nuvem carbônica continua a atravessar os pássaros.
As aves não gorjeiam mais, nem aqui, nem acolá...
O homem entope o céu com seu silêncio aterrador.
O homem mexe e remexe a terra e enterra a si próprio.
Moto-serra, terremoto, alma remota, mata, berra.
Serra os meus sonhos mais verdes.
O homem não é o Filho do Homem!
As embarcações de luz recolhem as almas no mar.
As velas seguem içadas pela imensidão.
Hostes de Netuno, de Poseidon e de Iemanjá oferecem seus braços de mar.
A compaixão é como uma onda imensa que abarca todos os homens.
Lava a alma do mundo com infinitas gotas de amor.
São Paulo, 05 de janeiro de 2005.
Escuta o lamento das ondinas e o sonar quase choroso dos golfinhos.
Que o sertão virou mar, e o mar virou o sertão árido dos peitos desertos.
O homem assalta o mar e mata as baleias com seu arpão de sombras.
O homem picha os rios com as tintas da sua ignorância.
O homem ateia fogo na floresta e cresta o que nos resta.
Perde-se na selva da sua inconsciência.
Mata a mata.
Seqüestra os bichos e os engole em nacos podres.
Polui o ar com as idéias de uma pseudo-evolução.
E uma densa nuvem carbônica continua a atravessar os pássaros.
As aves não gorjeiam mais, nem aqui, nem acolá...
O homem entope o céu com seu silêncio aterrador.
O homem mexe e remexe a terra e enterra a si próprio.
Moto-serra, terremoto, alma remota, mata, berra.
Serra os meus sonhos mais verdes.
O homem não é o Filho do Homem!
As embarcações de luz recolhem as almas no mar.
As velas seguem içadas pela imensidão.
Hostes de Netuno, de Poseidon e de Iemanjá oferecem seus braços de mar.
A compaixão é como uma onda imensa que abarca todos os homens.
Lava a alma do mundo com infinitas gotas de amor.
São Paulo, 05 de janeiro de 2005.